sábado, junho 13, 2009

Tempo, tempo, tempo

Tanta mudança em pouco tempo!
O trabalho sonhado, a estabilidade desejada. A esperança trazida e passada adiante, reproduzida.
E aqueles olhares curiosos, sedentos de um futuro que, no que depender dela, virá.
Bom chegar até aqui sabendo que foi mantida a essência, a crença. Houve revisão de (pré) conceitos sim, teve aperfeiçoamento com certeza. Mas lá dentro ainda há aquela menina polida, chata até, com manias chateantes para alguns, angustiantes para outros, aquela cara amarrada enfiada dentro de um livro, aquela menina que tinha mania de estudar, coisa que não era bem vista no meio em que vivia...e ela era toda coração, coisa que poucos sabiam, chorava por qualquer cão, chorava por pessoas cãs, chorava por não poder mudar o passado, mas sabia que poderia fazer um futuro melhor e mais feliz. Não há dúvidas de que veio melhor, não há dúvidas que também teve que rever o conceito de felicidade, diz não ter do que se arrrepender, de nem um erro sequer, de nem uma surtação, choração, piração, não se arrepende de nada, ou quase nada...ela ainda tem na memória aquele dia em que fez alguém que amava muito chorar de soluçar por puro egoísmo adolescente e hoje quando lembra ela chora de soluçar também...talvez ela creia (sem muita certeza) que não deva se arrepender disso pois dessa forma aprendeu a nunca mais querer magoar ninguém dessa maneira.
Ela guarda o bom também, faz reciclagem, joga fora tudo de ruim que consegue . Agora ela é uma mulher, polida ainda, toda coração ainda, um coração mais robusto porque se encheu de tanta emoção, de tanta coisa boa, de tanta gente boa, tanta vida, tanto aprendizado, tanta oportunidade, tanto recomeço...