sexta-feira, dezembro 29, 2006

Recomeço

O ano acaba, finalmente! ou não....foi um ano de mudanças, descobertas, presentes e despedidas...mas se foi...
Aos que se foram desta vida meu até logo e aos que continuam perseveremos!!
Não tenho muito o que escrever, ando um pouco sem letras, sem palavras, estou mais para pensamentos que não saem no papel, dia destes eu volto a escrever mais e melhor, mas por enquanto fica esta divagação despretenciosa e uma frase que causou risos nem sei direito porque, mas define bem o 'meu eu' neste momento: - Estou num momento 2.8 da minha vida redefinindo questões...
As retiscências têm a ver com o decorrer da frase que não me lembro bem, pois o povo caiu em gargalhadas e eu lá, em cima do banco, pés descalços, cerveja na mão, séria como alguém que está num momento 2.8...!!!
E tem os elefantes também não é?? eu os defendi de corpo e alma e cheguei a preferi-los ao homem, porque são inteligentes e frágeis apesar daquele tamanho, apesar de tudo...e para variar houve contestação, risos e depois o choro meu ( sim, chorei por conta dos elefantes) assim como chorei muito quando vi uma apresentação de ginástica olímpica do Brasil...é assim, choro quando me vem aquele sentimento bom ou ruim, quando sinto vontade, choro de rir, choro de dor, choro de indignação, choro de birra, mas choro e lavo minha alma, depois fica tudo bem.
De mim agora, sei que estou esperando os dois últimos dias do ano passarem para colocar em prática alguns itens daquela lista interna que fazemos para cada novo ano, uns são triviais, fúteis até, outros bem profundos e eu diria até que definitivos.
Termino ao ano com algumas conclusões:
Respeitar de fato as diferenças.
Amar sempre, acima de e apesar de.
Tomar decições reais, mesmo que doa, pode ser importante...
Lembrar que "nunca mais" ou "para sempre" é muito tempo.
Defender minhas opiniões mesmo que eu possa parecer reacionária.
E uma infinidade de outras, que não aparacem agora na minha cabeça mas que estão aqui dentro de mim.
E para o ano novo eu quero:
O amor do Rosa.
Voltar a dirigir carros.
Começar a trabalhar de fato com o que me propus.
Realizar o projeto de teatro infantil.
Emagrecer.
Ter um filho, talvez.
Morar comigo mesma.
Amigos sempre perto.
O amor do Rosa...

sexta-feira, novembro 10, 2006

Sobre Rosas ou Pessoas

Definitivamente eu não compreendo.
Não compreendo gente; Tento e retento, me coloco no lugar do outro, mas não consigo compreender o que leva alguém a querer tanto algo e quando consegue, quando alcança seu objetivo não está satisfeito.
O que será a satisfação para as pessoas afinal? Será algo tão subjetivo que foge a compreensão humana?
Bem, aos que pensam que estes questionamentos sobre querer e ter ou sobre tudo isso tem a ver comigo, estão enganados, desta vez não tem. Hoje quero tratar de entender o outro, ou os seres humanos em geral, mas é claro também que tento analisar um fato específico, próximo a mim, que tem a ver com o meu cotidiano, mas ao mesmo tempo, tento estender os questionamentos e conclusões, se é que chegarei a alguma, a todo o resto, a toda a humanidade quem sabe...
Creio que sei um pouco sobre subjetividade, ou acho que sei... falemos de desejo por exemplo, algo bem subjetivo o desejo, afinal cada um tem o seu desejo particular, sua forma de sentir, de querer. O objeto do desejo pode até ser o mesmo, mas a forma de querê-lo é única.
Mas o que tento entender é:
Será que as pessoas pensam que após concretizarem seu objetivo ou satisfazerem seus desejos vai haver a felicidade absoluta, a tranqüilidade eterna ou ainda uma paz profunda? Existe alguém que espere de fato isso acontecer?
Acho que estas indagações é que são profundas demais e a resposta nem depende de mim.
De mim, aliás, só sei de uma coisa, estou tentando ficar em paz com meus desejos, aceitá-los assim como às frustrações, inquietações, lamentações e indagações que fazem parte do processo de viver, sem culpas, sem lamúrias, sem ressentimentos. Estou tentando.
Sei disso e de nada mais.

8/11/06

terça-feira, novembro 07, 2006

Indispensável

Indigestão, indiferença, individualismo, indispensável, indiscrepância (será que existe esta palavra?).
Palavras começam novamente a me persuadir, tomam conta da minha mente, graças aos céus! Ou não, como diria o Caetano...
As palavras de hoje estão relacionadas pelo inicial Indi como vocês podem notar, não deve ser a toa, pois estas palavras chegaram a embolar na minha boca, talvez pelo tumultuo que estavam causando na minha mente ,talvez pela necessidade do botá-las para fora na hora que queriam sair, nas situações em que deveriam ser usadas.
Acho que sou mesmo escritora, me dei conta disso depois deste motim de palavras, eu lá tentando segurá-las e elas lá se empurrando, se pendurando, tentado achar um buraco para sair. Inóspito isso, no mínimo interessante, mas também gostei, porque palavras assim palanquistas, xeretas, intransigentes, só podiam ser minhas mesmo!rs
Enfim, agora que as deixei sair, talvez eu fique em paz, talvez surjam outras mais interessantes, menos loucas, com mais sentido, menos libertárias talvez. E talvez eu faça outro texto.
Bem, por hoje é só, fico com a cevada agora, minha amiga chegou.
Fico com a prosa também. E isso vai dar outro texto...


22/9/06

segunda-feira, outubro 30, 2006

Angústia

Argh!O que será isso?Por que de repente este gosto amargo?
Por que o fel no lugar do alívio?
O que fiz foi ir de encontro ao que julgava certo, certo para mim.
E este certo de repente se tornou meu algoz.
Me julga. Tripudia. Me culpa.
Oras! Vão todos se ferrar! Que atire a primeira pedra!...
Quem é que me culpa? Eu mesma?Mas como?
Se fiz o que a minha consciência ditou!?
Será que chegamos a tamanho grau de demência que não podemos mais confiar nem em nós mesmos?
Embora doa, seja amargo, remexa, estou certa de que ainda é o caminho mais sensato.
Mas bem que podia não doer, não magoar, podíamos escolher e pronto! Sem dor, sem culpa, isentos, sem olhar para trás...Cansei de olhar para trás! Chega!, Não quero mais, chega!
Eu definitivamente não sou Dalai Lama! como diria uma das mosqueteiras...
E que fique dito que não há dor, culpa, transtorno ou seja lá o que for que doa muito, que me fará deixar de ser o que sou, definitivamente um ser humano.
Mas bem que podia não doer...

23/10/06

Perdição

Ah a perdição! Essa idéia confusa, perturbadora acima do sim e do não que não ouso chamar de amor, muito menos de paixão, pois estes já passaram por nós.
É uma confusão, mistura de querer, medo, imprudência, demência, que chega ao absurdo de nos deixar inertes, ficando só o barulho do coração, apressado, perdido, desesperado a espera do próximo segundo, na angústia de querer saber o que fazer depois.
Nós somos perdidos, sem destino, sem eira, tentando, esperando, desejando algo que nem sabemos o que é direito, mas que sem dúvidas sentimos quando cruzamos determinadas pessoas na vida, pessoas estas que racionalmente, prudentemente, não aceitaríamos, nem chegaríamos perto, afinal como diz o velho e ‘caquético’ ditado: “o seguro morreu de velho”.
Pois, então, quando entramos nesta confusão da alma nem queremos saber ou pensar neste tal seguro, pensamos sim que não queremos mesmo morrer velhos e infelizes, podemos talvez ir embora desta vida, com algumas cicatrizes e hematomas, mas teimosamente e definitivamente queremos muito isso, queremos este tal momento, o agora.
Queremos não pensar no amanhã, na maldita prudência nossa de todo dia que nos defende...
Desejamos quebrar a cara, talvez, por um único e fugaz momento como este.

06 Junho/06

Decepção

Decepção, eis a palavra feia, ela é a do dia, tinha pensado na palavra encantamento, mas a deixei fugir dia desses por mera distração, isso não pode mais acontecer.
Hoje estou nesta palavra, aliás, com esta palavra me perseguindo, já tentei excluí-la de minhas idéias, substituí-la por tentativa, coragem, recomeço... mas ela insiste,uma porcaria mesmo! O pior é que estas palavras feias começam a trazer outras que pouco ajudam como tristeza, choro... por isso estou escrevendo, pra ver se ela sai.
Tentemos a coragem novamente, comecei a escrever há pouco tempo, ou melhor, comecei a ter coragem de mostrar o que escrevo antes de rasgar faz pouco tempo, e o que me deu mais coragem ainda é que muitas pessoas gostaram de meus escritos, isso me leva a ter esperança de escrever mais e melhor.
Já defini algumas questões sobre meu tipo de texto, sei que serei cronista, mas meu estilo ainda está nascendo não sei defini-lo ainda, só sei que todos os dias as palavras têm se aproximado mais de mim, surge uma palavra relacionada ao meu dia, pode ser no começo dele ou no fim, e ela fica pedindo pra ser escrita, pra se tornar um texto, às vezes a deixo escapar como foi com o encantamento, me policiarei para que isto não ocorra mais, não é justo perder um texto.
É, mas a tal decepção ainda está aqui, por mais que apareçam algumas outras palavras compostas como ‘tudo bem’, ‘ você tentou’ ou até uma frase inteira do tipo ‘amanhã é outro dia’ a palavra decepção está lá grudada, não sai.
Só quero entender o mecanismo que leva a uma palavra como sonho, por exemplo, ou aposta ou ainda crença, virar outra tão diferente.
Acho que por hoje não escrevo mais, estou muito lagarta, espero amanhã acordar borboleta novamente, ainda que nostálgica, prefiro ser uma borboleta.
Borboletas têm uma simbologia romântica, fugaz, lembram fim de tarde, liberdade, sonhos, enfim tudo o que eu gosto e quero acreditar, mas toda borboleta um dia foi lagarta e deve ter doído esperar seu dia de borboleta chegar, mas fazer o que? é a lei natural da coisas e temos que aceitá-la para depois compreendê-la, assim como eu disse no texto anterior.
Vou ficar aqui me cobrindo com meu casulo para ver se amanhã acordo borboleta de novo, quem sabe uma mais bonita.

Julho/06

O Frio

É fogo não é?
O frio está chegando, com ele chega também o resfriado, os casacos, a garoa fina que é característica de São Paulo, chega também uma imensa vontade de estar no aconchego do lar, ao lado de quem amamos, ou simplesmente de alguém que desejamos, uma vontade de ficar abraçado e de....enfim esquentar esse friozinho que dá na alma.Nesta época lembramos daquele amor que passou, nem sabemos mais porque.
Trazemos as pessoas e acontecimentos marcantes como uma forma de aquecer a alma, principalmente se ela está sozinha.
Pode conferir: não é no frio que lembramos daquele filme bem legal que assistimos? daquele abraço quentinho, do cachecol lindo que ganhamos de presente daquela pessoa e vamos poder usar de novo e lembrar de novo e reviver tudo de novo... quem sabe? É hora do início dos preparativos das festas juninas/julinas com os vinhos quentes, pamonhas, bolos, quentões e correio elegante! Olha só como ficamos mais românticos no frio!
Acho que é porque o frio serve para unir mesmo as pessoas, unir e lembrar o quanto somos tolos no ‘calor’ de discussões muitas vezes bobas e orgulhosas que podem mudar nosso próximo inverno para sempre.... acho que frio é para ficar no aconchego mesmo, seja das pessoas, seja do lar, seja das lembranças boas e ruins, pois todas ensinam.
Mas o que eu quero de fato com este pequeno texto é somente lembrar a quem o lê, que este inverno pode ser mais um de lembranças, de lamentos talvez, mas pode ser diferente se você tiver mais paciência, demonstrar mais o seu amor, contar até dez quando se estressar com alguém, andar mais devagar para olhar as pessoas a sua volta, ir passear no parque, ligar para aquele seu amigo que não vê há tempos, dizer a alguém o quanto ele é importante só para ele não esquecer, enfim mais uma porção de coisas que sabemos, você e eu, que sempre lemos, ouvimos e nunca praticamos
Então vamos lá, pratique alguma destas ‘pequenas atitudes’, tente.
Quem sabe no seu próximo inverno você também não tenha uma história diferente e lembranças mais bonitas para esquentar a memória?
Termino minhas divagações com uma frase de Rudolf Steiner, que me foi apresentada por um ilustre desconhecido, num dia difícil para o corpo e para alma, para variar um dia frio como hoje.

“Alegrias são dádivas do destino que demonstram o seu valor no presente,
sofrimentos, ao contrário, são fontes de sabedoria, cujo significado se revelará no futuro.”

Junho/06

Eis me

Eis me aqui, crei coragem.
Os textos estarão aqui, sujeitos, expostos, livres para serem lidos, interpretados, sentidos, criticados e lidos novamente.
Sejam bem vindos!