segunda-feira, setembro 28, 2009

Tempestade

Estou devéras cansada, quero paz, quero aconchego, quero paridade, quero entendimento, ou seria melhor dissernimento?
Não sei o que leva as pessoas a quererem reamente algo, ou a não quererem...
Como pode o ser humano ser tão ambíguo? quando não queremos algo temos uma certeza tão absoluta, mas quando está tudo indo bem, quando queremos, tem sempre a pulga, aquela maldita!quando não é posta por nós mesmos, fica no outro a nos ameaçar uma mordida. Por que tem que ser assim? por que o mais fácil tem que ficar mais difícil? por que?
Não sei o que se passa na sua cabeça, não sei quem foi que te machucou tanto, mas não serei eu a receber as mordidas, não serei. Eu estou pronta, estou livre, não quero problemas, quero soluções, quero o simples, o diário, o cotidiano, igualzinho a todo mundo, com os prós e os contras que isso possa trazer. Cansei de me auto superar, cansei de ser diferente, quero ser igual, porque afinal o destino de todos é igual não é? porque terei eu que ser a mártir? mártir de que? de quem? para que?
Não quero mais questionar, racionalizar, entender. Quero viver, um dia após o outro, mas fazendo planos sem culpa porque só não faz planos quem não vive, porque cansei de me culpar por fazer planos, porque fazer planos é bacana e nos torna próximos do saudável, para muitos uma idiotice isso tudo, mas para mim neste momento é algo essencial.
Fazer planos, vislumbrar, sonhar e assim continuar a viver.




sexta-feira, julho 03, 2009

Como será?

Sensação de tristeza que às vezes bate, uma solidão imensa, uma dor por não poder fazer mais, por não poder adiantar as coisas, por não conseguir visualizar o pote, não um pote cheio de ouro, mas cheio de esperança, de resoluções, de paz.
Queria tanto poder ajudar mais aos que amo, queria tanto poder me ajudar mais. Ensino aos outros que quem queria não quer mais...mas como diz o ditado " em casa de ferreiro o espeto é de pau"...
Tem alguns quereres que se misturam, se confundem e tudo fica turvo. Não saber o que queremos ao certo pode nos levar a lugar nenhum e sigo parafraseando outra citação alheia. Só sei que isso não é coisa para se sentir em uma sexta-feira à noite, não é mesmo. Quero paz, quero chegar num fim de semana e não pensar em coisas tristes, quero poder compartilhar só textos felizes, de recomeço, de vida nova, de dias felizes, mas eles andam escassos.
Creio que felicidade é um conjunto, como num daqueles cubos mágicos, e se você não consegue resolver a sequência, a tal felicidade não aparece direito, fica sempre faltando um pedaço, sem o qual não nos é permitido tocar, sentir e nem chegar muito perto de tal sensação.

sábado, junho 13, 2009

Tempo, tempo, tempo

Tanta mudança em pouco tempo!
O trabalho sonhado, a estabilidade desejada. A esperança trazida e passada adiante, reproduzida.
E aqueles olhares curiosos, sedentos de um futuro que, no que depender dela, virá.
Bom chegar até aqui sabendo que foi mantida a essência, a crença. Houve revisão de (pré) conceitos sim, teve aperfeiçoamento com certeza. Mas lá dentro ainda há aquela menina polida, chata até, com manias chateantes para alguns, angustiantes para outros, aquela cara amarrada enfiada dentro de um livro, aquela menina que tinha mania de estudar, coisa que não era bem vista no meio em que vivia...e ela era toda coração, coisa que poucos sabiam, chorava por qualquer cão, chorava por pessoas cãs, chorava por não poder mudar o passado, mas sabia que poderia fazer um futuro melhor e mais feliz. Não há dúvidas de que veio melhor, não há dúvidas que também teve que rever o conceito de felicidade, diz não ter do que se arrrepender, de nem um erro sequer, de nem uma surtação, choração, piração, não se arrepende de nada, ou quase nada...ela ainda tem na memória aquele dia em que fez alguém que amava muito chorar de soluçar por puro egoísmo adolescente e hoje quando lembra ela chora de soluçar também...talvez ela creia (sem muita certeza) que não deva se arrepender disso pois dessa forma aprendeu a nunca mais querer magoar ninguém dessa maneira.
Ela guarda o bom também, faz reciclagem, joga fora tudo de ruim que consegue . Agora ela é uma mulher, polida ainda, toda coração ainda, um coração mais robusto porque se encheu de tanta emoção, de tanta coisa boa, de tanta gente boa, tanta vida, tanto aprendizado, tanta oportunidade, tanto recomeço...

domingo, abril 26, 2009

Um cachorro vira-latas

Um cachorro vira-latas que caiu da mudança, é assim que me sinto hoje. Entendo neste momento como deve se sentir um pobre animalzinho que de repente se vê abandonado pelo seu dono que não via mais serventia neste companheiro. Sim eu sei, minha vida está ótima, tenho o trabalho dos sonhos, os amigos para a vida toda, uma casinha aconchegante que aos poucos vou moldando e colocando o que preciso....mas ainda falta algo, ainda falta. Algo que procuro ensandecidamente, erradamente. Erroneamente talvez.
Em meio a tantas mudanças boas não sei porque me sinto assim ainda. Carência? Querência? Vazio... e aquele sonho Doriana, medíocre, popular até, que não me deixa. E todos dizem: "Calma que já já acontece". Será? Espero que sim. Solidão é algo inexplicável e nada tem a ver com bens materiais, com amigos, com gente. O que sei sobre solidão é que ela é algo que sentimos de vez em quando e que dá uma dorzinha incômoda, dessas que nos fazem ter estes questionamentos bestas num domingo a noite, que nos fazem procurar números na agenda, nos fazem tentar resgatar coisas e pessoas que devem ficar lá onde estão, pois este foi o destino delas.
Saudades desmedidas, palavras incontidas. Só me resta tentar me afogar numa caneca de chá de camomila ouvindo Nandinho cantando aquela música linda que tem um trecho que amo: " Há sempre a pequena chance do impossível rolar..." e essa síndrome de vira-latas há de passar.



quarta-feira, março 25, 2009

Ella e o Desejo

Ella já sabia que as coisas não iam bem em seu atual relacionamento, mas continuava insistindo, talvez por medo da solidão, por costume ou por achar que tudo ia se acertar, mas sabia que o fim se fazia próximo. Só precisava de um motivo forte. Foi então que o viu passar, era o Desejo. Ella já o conhecia de um passado não muito remoto, já havia fugido dele, sabia que era bom, sentia nele a força das cores quentes de um quadro de Miró e a sensação de volúpia dos personagens enamorados num filme de Almodovar, embora soubesse que tudo podia caminhar para a personalidade doentía destes também...
Mas o estrago já estava feito e o encontro entres eles foi inevitável. Ella o adorava e o temia, sabia que havia algo fugidío nele, sabia que o Desejo poderia traí-la, mas entrou, rapidamente, de corpo, alma, coração. Pois eis que o Desejo se amedrontou, talvez por ser tão acostumado a ser sufocado, escondido e muitas vezes até amaldiçoado, talvéz também por querer algo mais ameno que ele, ou por temer alguém que o aceitasse com todos os seus poréns. A vida é assim, temos medo do novo, pânico do desconhecido, somos acostumados desde muito cedo a querer segurança, mesmo que morna.
Mas Ella esbravejou, com toda a intensidade que dormira há muito dentro de seu intímo, cansada de agir contra si mesma por conta de uma sociedade medíocre que só aceita o falso, o que age de modo diferente do que quer, por uma convenção que dita que o ser humano só quer quem o repudía, só quer quem age diferente do que acredita. Ella não acretida nisso, Ella crê, ainda crê que o mundo é feito de trechos de música e poema, como Lulu Santos naquela música que diz acreditar num mundo "com gente fina, elegante e sincera, com habilidade prá dizer mais sim do que não".
Ella então resolveu amedrontá-lo mais, dizendo tudo, agindo. Mas o Desejo não pareceu estar disposto, se acostumou mesmo a acreditar que a vida é assim mesmo e que gente como Ella pode trazer problemas. Ella, num momento de lucidez, propôs um tempo para que o Desejo pensasse, relevasse, não fugisse assim, mas Ella acha que o Desejo não cederá.
O Desejo ainda argumentou que Ella já se acorvadou outras vezes e ele com todo bom senso que cabe aos medíocres, aceitou. Mas Ella tentou....pena que não foi desta vez.

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Pó de gente

Hoje tive uma experiência que me fez pensar naquela passagem bíblica "do pó viestes ao pó voltarás" e é isso mesmo, o que resta da gente quando não temos saco (no sentido figurado) nem dinheiro para comprar um terreninho no cemitério, fica dentro de um saco (no sentido literal) para guardar os restos de uma vida, seja ela bem ou mal vivida.
Ou então, para os menos apegados a estas questões mundanas, nossos restos vão para um lugar chamado de fosso coletivo, onde nossos ossos se misturarão ao de pessoas das quais talvez nunca tenhamos nos aproximado por não querer ou porque nunca tenhamos tido chance de cruzar em vida.
Enfim...isso já não vai importar mais, em breve seremos o mesmo pó.
E quando nos faltam palavras recorremos a genialidade alheia:
Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu
Não somos o que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu
Calma
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
Não somos mais
Que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Ou um capricho do sol
No jardim do céu
Não damos pé
Entre tanto tic tac
Entre tanto Big Bang
Somos um grão de sal
No mar do céu
Calma
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
A mesma idade
Que a idade do céu

(Simone e Zélia Duncan)

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Sombras

Sensação conhecida, porém pouco aceita, pouco sentida também. Falta algo, falta continuar, falta concluir. Dizem por aí que para quem não tem nada pouco basta. Discordo. Ás vezes vem a sensação de furto, de que há algo sendo furtado. Há alguma força dificultando. Teste de resistência.
Teste de resistência são os acometimentos pudicos de limpar a mente de tais pensamentos. Sei que para muitos o pouco de alguns é de infinita grandeza e lembro do Conto da Caverna de Platão e penso também que talvez a ignorância seja uma dádiva. Não quero meio romance. Não quero meio conforto. Não quero parabéns por ter fugido do óbvio. Não quero mais uma 'pá' de coisas meia boca. E invariavelmente nossa consciência grita, fala conosco como se fosse outra pessoa. Pior, outra pessoa com dupla personalidade que ora faz o discurso humilhante: ‘Pra quem é, meio basta...’ ora faz o discurso judaico-cristão: 'agradeça tudo o que tem..’
Quero mais, mereço mais. Já é hora.
Pensamentos sombrios.

terça-feira, janeiro 06, 2009

Tudo Novo de novo

"Ano novo vida nova" frase esta que muita gente gosta de dizer, talvez como um rito de passagem, como se a frase, ou a passagem, ou o próprio ano novo, tivesse o efeito de transformar nossas vidas.
Acho que ou estou ficando muito velha, ou melhor, muito madura, mas começo a questionar isso, embora eu mesma seja uma destas pessoas que sempre se empolgam com a tal renovação que virá depois da meia noite. A grande questão é que quando vamos lá olhar pra ver se o bicho papão foi embora, ou se o espírito do ano novo trouxe resolução para os velhos problemas ou idéias novas para encararmos a nova fase com os tais velhos problemas e constatamos que não...a única coisa 'nova' mesmo é o ano.
Sei que é meio pieguice querer acreditar que vou encontrar a solução dos meus problemas numa caixa com um laço bem grande prateado e um cartão bonitinho remetido pelo Ano Novo, mas queria que a sensação de renovação, esperança e novidade permanecesse por mais alguns dias...
O fato é que o ano novo ta aí e ao invés de trazer resoluções, idéias e novidades ele pede como uma criança chorona, ele precisa que coloquemos em prática as promessas feitas para quando ele chegasse e ficamos tentando prever como será o decorrer deste ano que logo deixará de ser novidade e já já estaremos planejando o novo ano que irá mudar nossas vidas e renovar nossas esperanças como num ciclo, como numa catarse...
Que este ano novo me ajude a ter bom senso, habilidade e paciência, isso já me ajudará a resolver boa parte do que eu esperava que ficasse lá no ano velho.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Sei lá...

Pois é...alguns amigos blogueiros andam dizendo que desapareço, demóro muito a atualizar e o pior é que é verdade...rs...peço perdão aos que sentiram minha ausência mas é que eu tinha algumas coisas a terminar e que não podiam esperar, como minha graduação por exemplo!!!siiiimmmm!! sou um ser graduado em PEDAGOGIA!! êêê!!!
...Mas é sério, vou dizer uma coisa... tenho um amigo que imita uma pequena expressão que ele diz ser de autoria da Silvia Popovic, duas palavrinhas que não saem da minha cabeça e que preciso compartilhar com vocês...
"E DAÍ???"
E completo com novas perguntas: E agora?? o que eu faço?vou pra onde? sigo por qual caminho?serááá?? medo.....................
Mas mudando de assunto, artifício que uso quando quero fugir, assisti um filme muito bacana neste final de semana chamado 'Em busca da Felicidade' baseado na história de um homem que comeu o pão que o diabo amassou e sentou em cima, mas olhem... me fez pensar muito no quanto me falta para atingir o nível Dalai Lama que tanto busco...porque o personagem principal me mostrou que melhor do que sair vencedor de uma batalha é sair dela do jeito que se entrou, com esperança, verdade e força de caráter para não lamentar, não titubear, não reclamar, não revidar, não se arrepender...e mais uma porção de coisinhas que eu ainda NÃO aprendi a fazer direito...enfim, é só um filme sobre a história de um homem que acreditou...
Acho estranho, mas não é a primeira vez que me sinto piégas quendo escrevo ACREDITOU...e acho issso um sintoma muito ruim...porque se você perde a crença, seja lá no que for, é sinal de que algo não está bem aí dentro, ou melhor, aqui dentro.
Mas é assim...tem dias, ou épocas talvez , que ficamos meio perdidos, sem rumo, sem lenço...
Perdoem amigos a minha aparente apatia, mas quero deixar registrado que não estou triste, apenas perdida...a parte boa é que costumo ficar assim também em momentos felizes, fico perdidinha da Silva com a felicidade, sabe aquela sensação de não saber onde por a mão?!rs
Bom, não sei se este será o último post do ano, se for deixo aqui meus votos de boas festas e paz na terra aos homens de boa vontade!
Até!

quinta-feira, novembro 13, 2008

Memorial

Minha escolha profissional vem sendo direcionada e construída com o passar do tempo, pois inicialmente quando comecei a pensar nisso, lá por volta dos 10 anos de idade, eu pensava sempre em escolhas que fossem relacionadas ao que me divertia e me dava satisfação e aos 10 anos de idade havia duas coisas que me davam muita satisfação: falar e escrever! Aconteceu que um dia conversando com um adulto chamado Vicente que era muito amigo de minha família, ele me explicou que havia uma profissão certa para mim, que parecia muito com as coisas que eu gostava de fazer, a profissão era o Jornalismo e quando fiz doze anos este mesmo amigo me incentivou ainda mais me dando uma máquina de escrever, confesso que preferia escrever no meu diário, mas amei o presente.
Na mesma época porém começava-se a falar muito da informática, de uns termos como processamento de dados, computação, e de microcomputadores também e me interessei muito por este tema que me causava grande curiosidade, queria muito poder mexer num computador naquela época, foi então que decidi do alto de meus treze anos que seria ou jornalista ou mexeria com processamento de dados (sendo lá o que isso fosse!) .
O tempo passou como tinha de ser e me formei no “colegial” em 1996, estava então com 18 anos e resolvi arrumar um trabalho de verdade, pois até então eu fazia alguns trabalhinhos com vendedora extra aos finais de semana na cidade em que vivia (Embu das Artes), e deixei um pouco de lado a idéia da faculdade por um tempo, neste período trabalhei como atendente de uma rede de fast food de comida chinesa (China In Box) e sete meses depois saí desta empresa disposta a retomar meu sonho de entrar na faculdade de Jornalismo, e agora queria entrar numa faculdade pública! Foi então que por indicação de uma grande amiga entrei no cursinho pré-vestibular Aprove, que era um cursinho para alunos e baixa renda, onde fiquei dois anos, fiz grandes amigos que carrego até hoje e também sonhei...neste momento tinha certeza que seria uma jornalista, que seria uma repórter investigativa como a personagem Louis Lane (a do Super homem, sabe?).
Bom, nem preciso dizer que no primeiro ano me frustrei muito porque não tinha idéia de como era concorrido este curso e de quanto precisaria estudar, uma vez que não teria dinheiro para pagar um curso destes numa faculdade privada e também porque não queria nenhuma outra que não fosse USP ou UNESP, aliás só aceitaria uma faculdade paga de Jornalismo se esta fosse a Casper Líbero, ou seja, a melhor faculdade privada de Jornalismo de São Paulo, onde também tentei entrar por três anos sem sucesso.
No segundo ano de cursinho já estava desanimada pois tive que começar a trabalhar para cobrir os gastos com o cursinho e também para ajudar em casa pois minha família além de não ter condições de me ajudar nestes gastos começava a precisar de mais um braço para segurar as despesas. Preciso dizer o resultado do vestibular? Pois é, não passei.. E me frustrei ainda mais, tanto que resolvi dar um tempo e repensar minha futura carreira, neste momento eu estava trabalhando numa loja de produtos para diabéticos, como vendedora, fiquei neste emprego por dois anos e me especializei no tema! Hoje sei tudo sobre diabetes, causas e tratamentos. Neste mesmo período também me interessei por um curso técnico de teatro, profissão pela qual fui criando grande interesse, fiz até a metade deste curso e mais uma vez por falta de dinheiro tive que parar, mas talvez na época eu também já não visse um futuro muito promissor para mim nesta profissão.
Saindo deste curso também decidi sair da loja de produtos para diabéticos e procurar algo maior, neste momento eu tinha 22 anos e fui convidada para trabalhar com informática numa empresa que presta serviços de desenvolvimento e vendas de softwares, fui contratada para trabalhar na área de vendas da Ideologica Informática, onde fiquei até os 24 anos, tentei neste meio tempo fazer uma faculdade de tecnologia chamada ‘Gestão de sistemas de informação” pra me integrar mais da área em que trabalhava, mas só fiquei um semestre neste curso que além de não me agradar também não coube no meu bolso, pois eu ainda ajudava a família nas despesas.
Quando completei dois anos de Ideologica resolvi sair e buscar outra área de atuação, então entrei em uma empresa maior (Grupo FB) para trabalhar com auxiliar administrativo, me mudei para São Paulo para ter uma vida mais independente e confesso que foi o período intenso e sofrível de minha vida com grandes perdas emocionais, depressão e poucas perspectivas, estava então com 25 anos totalmente perdida emocionalmente e financeiramente.
Um dia acordei e pensei que precisava dar a volta por cima, mudar aquela vida que não ia para lugar algum, decidi que trabalharia como educadora, ou melhor como arte educadora, pois já amava artes, comunicação e conhecimento, foi então que peguei um empréstimo no banco e me matriculei no curso de Educação Artística com habilitação em Artes cênicas da Faculdade Paulista de Artes, e comecei a fazer o curso sem imaginar como faria para pagar a 2ª mensalidade, foi então que tive um grande momento de sorte e a Ideológica me fez uma proposta para que eu voltasse a trabalhar lá , eu aceitei e ainda consegui pagar seis meses da faculdade com a rescisão da outra empresa (Grupo FB) que consegui que me demitisse.
Cursei Educação Artística por dois semestres sendo que no segundo semestre já não conseguia mais pagar, pois neste momento tinha minhas próprias dívidas para administrar. Quando vi que não conseguiria iniciar o terceiro semestre resolvi fazer o ENEM para tentar a bolsa do PROUNI e conseguir finalmente terminar um curso de graduação, então fiz aprova e atingi 70% de acertos mas infelizmente não pude continuar a fazer o curso de Artes pois minha faculdade saiu naquele momento da lista de faculdades conveniadas ao PROUNI e as outras conveniadas ao PROUNI tinham meu curso dispunham de poucas vagas e conseqüentemente muita concorrência.
Comecei a fazer o curso de Pedagogia em 2005 logo após abandonar o curso de Artes, pedagogia foi a segunda opção escolhida na lista de cursos do PROUNI, não por acaso e sim porque vi a possibilidade de trabalhar com educação de outra maneira e me especializar em artes depois desta graduação, e hoje com 30 anos de idade, estou finalmente terminado um curso de graduação, cheia de perspectivas, expectativas, medos, anseios e com muita vontade de aplicar todo o conhecimento que aprendi não só neste curso mas em todos os outros que iniciei, aprendizados estes que levarei por toda a minha vida, pois fazem parte da construção de quem eu sou hoje.

quinta-feira, setembro 25, 2008

Excessos

Momento tpm total, e tudo está chato, simplesmente chato.
Não há paciência, parcimônia, muito menos paz.
Uma inquietação irritante que leva ao sono, mas não um sono justo ou dos justos, um sono agitado e regado ao chá 'Boa Noite' que aos poucos perde o efeito a medida que vai viciando.
A culpa imbutida. É, ela voltou...creio que o prazo de validade da terapia está acabando.
Monografia estafante, estágio que era sonho e virou pesadelo, fim de curso para inicio ao incerto.
Saudades das artes, incertezas.
Medo de me acostumar com mesmices, de explodir, de me encher como um copo e mandar todo mundo passear, para não dizer coisas piores e o pior de toda essa braveza é que depois ainda fico com culpa...realmente eu não nasci para revidar, nem sou católica mas carrego a culpa judaico-cristã intrigante, deve ser o medo do inferno! mas a culpa já é uma espécie de, não é?
Fome voraz que aumenta meu peso físico e mental, sim fico com peso na consciencia também e odiando espelhos e até com saudades do Prozac, afinal ele não diminuia meu peso mas dava um sono dos bons e a culpa era quase nula...agora tenho a fome, a culpa e o sono agitado ou ausente.
Começo a notar que tenho propenção a dependências...
Odeio estar assim, odeio tpm, odeio.

sexta-feira, agosto 29, 2008

Fim de mês

Fim de mês, fim das confusões, fim dos estranhamentos também.
Enfim, começamos a entrar numa acomodação, mas no melhor sentido que esta palavra pode ter, no sentido de aconchego, de amaciado mesmo.
Deve ser tudo assim mesmo enfim, um sapato por exemplo, às vezes cabe muito bem na loja, na hora em que nos apaixonamos por ele queremos que caiba a todo custo seja ele maior ou menor, tem uns que são a conta certinha do pé, mas dão uma machucada boa antes de acomodar verdadeiramente o pé, às vezes precisamos passar vela (essa é uma técnica passada de pai para filho e sempre funciona!), precisamos usar meia e tem uns que precisamos é mandar no sapateiro pra lacear mesmo porque senão não há pé nem Cristo que aguente!mas depois quando fica confortável você nunca mais quer tirá-lo do pé, parece que foi mesmo feito para você, e vai ver que foi mesmo... mas o que precisava era a paciência, era ceder.
Cada dia mais acredito que não tem nada pronto neste mundo, a gente que molda, a gente que inventa, a gente que usa, desusa e renova e a felicidade pode ser mais simples e estar mais presente do que imaginamos.

segunda-feira, julho 14, 2008

Prazeres, confusões e contusões

O novo, o susto, a falta de ar.
Me perco em meio a grandes novidades, perco literalmente o freio, o rumo, a lucidez às vezes.
Tudo tão bom, tão com cheiro de alfazema, tão quente, ao mesmo tempo que é tudo tão sério, tão próximo, tão amendrontador.
Sonhamos, almejamos, pedimos coisas que quando temos duvidamos, tentamos mudar de sonho, por medo talvez? não sei... o que sei é que a confusão, ora deliciosa, ora catastrófica, se alojou em minha vida, em minha mente e agora em meu corpo e deu nesta rinite que não sara...
Tento arrumar defeitos, inconveniências, preconceitos, me vitimizo, me impossibilito, mas também sei que é uma tentativa de auto-sabotagem.
No fim resolvo viver, ir até o fundo, até onde der e eu sentir prazer, felicidade, emoção, mas descubro no meio do caminho que tem prazeres difíceis de se misturar, que tem coisas que não convivem, tem escolhas a serem feitas, algumas conscientes, outras nem tanto.
Não quero ter que escolher, quero apenas a possiblidade de viver tudo o que puder, tudo que que me for possível, sem ter que abrir mão de absolutamente nada, será possível?espero que sim, se não for, espero que ao menos a dor sare tão logo quanto começe.
Como pode a felicidade conviver com a confusão e com o medo? questionamentos, questionamentos...

sexta-feira, junho 06, 2008

Preciso

Preciso achar uma razão, preciso (re) rever atitudes, preciso parar de perseguir a culpa, preciso dizer mais o que penso na hora que penso, preciso parar de ruminar para que isso não vire um fél amargo a ser vomitado no primeiro (e a partir deste momento infeliz) que eu encontrar.
Preciso me livrar do ódio ao relógio, da guerra que travei com ele, da revolta que me dá de ser escrava deste sistema hipócrita, irracional, castrador.
Preciso entender o que represento, o que busco, o que desgosto, por que aceito, por que insisto.
Preciso me permitir sem ser perniciosa ou permissiva demais, preciso de equilibrio.
Preciso muito ser compreendida, preciso muito me compreender.
Preciso dormir.
Preciso de muitas coisas mas as vezes acho que é tempo de menos para coisa demais, que não vai dar tempo, que a ansiedade vai me consumir, que vou sucumbir numa poça de ansiedade.
E como diria Fernando Pessoa: " Navegar é preciso, viver não é preciso."

sexta-feira, maio 23, 2008

Cenas

Nas últimas semanas aconteceram várias cenas interessantes e bizarras na minha vida, todas elas dignas de um texto, porém minha sandice em meio a tudo isso não me deixou escrever, por hora só me resta citar algumas que considero mais marcantes, não lembro ordem mas acho que o que importa mesmo é que tudo isso faz a vida ficar realmente intrigante...

Cena I: eu num 'pub' chiquetê lá da província e chega um sujeito que nunca ví mais japonês e me convida cordialmente para consumir drogas no jardim do local!?! ok, sei que isso seria considerado normal em qualquer lugar hoje em dia mas acreditem, eu estava fazia 5 minutos no local e não entendi nada daquilo, conclusão: saí daquele lugar e fui procurar outro, talvez menos chiquetê, para beber e fiquei me perguntando se eu estaria com cara de drogada...

Cena II: Convido minha atual 'querência' para almoçar e digo a ele que tenho consciência de que ele não quer nada comigo e por isso abro mão de qualquer tentativa de conquistá-lo, e disse mais, que estou sim apaixonada mas vai passar! digo isso comendo uma salada...normalmente..como quem conta isso para o melhor amigo!! ele não disse nada com nada também e contiuamos a almoçar...Conclusão: continuo querendo-o mas agora já fiz o papel de pessoa bem resolvida que não sou e as águas já rolaram e ponto. (??)

Cena III: Chego em casa, ligo a TV e vejo no jornal que aquele dia era aniversário da morte do Frank Sinatra...paro, sento e choro, minha mãe amava Frank Sinatra, amava também o Charles Chaplin que herdei dela e tenho na parede...Conclusão: Sinto muita falta dela , preciso de familia, estou muito carente.

Cena IV: Levanto muito atrasada como é a praxe, corro para pegar o ônibus ainda dormindo e sento-me no banco da frente de um ser que falava de um jeito estranho, com uma voz que me irritava profundamente, não sei se porque eu não entendia 9 em cada dez palavras que ele dizia e tentava desesperadamente decifrá-las ou se por conta disso eu não conseguia continuar o sono interrompido meia hora antes.
Conclusão: TPM na mosca.

Só algumas citações insanas e aparentemente normais, mas cotidianas assim como uma crônica deve ser, e eu quero dizer mesmo é que continuo de tpm, que me arrependo o tempo todo de ser audáciosa demais ou de ser chorona ou de ser egocêntrica até quando estou fazendo papel miserável e também de 'desistir' das coisas em nome de uma maturidade solitária!! (ou seria solidária?).
A parte boa: voltei para o teatro, me sinto muito bem atuando, essa é uma das poucas certezas que tenho na vida, do resto só o universo sabe...

segunda-feira, maio 05, 2008

Desatino

Você acha que vai receber um afago, aliás, você quer recebê-lo, mas recebe um tapa, já previsto pelo seu histórico, embora quase sempre previsto, você nunca o espera e se assusta como se nunca o tivesse recebido, dói como se você nunca tivesse sentido, te mata um pouco, mas como sempre você desculpa quem cometeu este ato insano, procura em você o motivo, se culpa.
O engraçado é que continua doendo, até chegar o dia em que você achar que a dor passou e de repente receber um novo tapa para lembrar sempre da dor e esquecer de querer afagos.
Este texto não trata de violência doméstica, embora pareça, trata de pequenas violências mentais a que nos submetemos em nome de algo que achamos ser paixão, gostar, querêncja, desejo.
Em nome da carência e do medo da solidão cometemos atos que hora ou outra nos queimam por dentro, como se estivéssemos realmente machucados por fora, ardem como aquele tapa inesperado.
Violências auto-impostas que dão melancolia, tristeza, nos condicionam, nos deixam menos crentes de qualquer coisa.
"Por que que a gente é assim?"
Enfim, desatinos...

terça-feira, abril 22, 2008

De minhas humanidades

Sou egocêntrica.
Tenho momentos de fúria, de dores, de pequenez.
Me sinto inferior às vezes e inferiorizada muitas, mas me sinto muito superior também ao ponto de ser preconceituosa, então para equilibrar tento frenéticamente ser uma espécie de DALAI LAMA, mas não dá muito certo.
Sou compulsiva para inúmeras coisas e não sei o que dói mais, se 'o oito ou o ointenta', ter equilibrio não é lá muito fácil, vivo me desequilibrando entre o caos e a tentativa de ser um ser humano melhor.
Me sinto genial e ao mesmo tempo fútil, vaga, rasa, e sinto que escondo coisas de mim, dos outros, da vida, que me escondo.
Culpo a TPM por muitos surtos e às vezes é culpa dela mesmo, mas isso, o surto, vem me acompanhando na pós também, tem andado comigo, é uma intolerância descabida, um caos mesmo.
Mas também tenho consciência de minhas virtudes, sei que sou divertida, altruísta, amável, companheira e leal e que os amigos que cultivei são meus para sempre, mesmo sendo caótica, tendo atitudes desnecessárias e parecendo ser mais forte do que realmente consigo ser.
Em suma, sou humana. E espero que eu e o mundo nos aguentemos um bom tanto ainda.

segunda-feira, março 24, 2008

Coisas acontecem

"O anel que tu me destes era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou..." ou será que nunca houve? ou será mesmo que esquecemos um amor assim como quem atravessa a rua?
E teve o cabelo novo, e me senti forte, mais forte que o próprio Sansão até.
E teve um mal intencionado que corria na rua e me senti a própria força correndo atrás da vida.
E teve uns maledicentes que não viam alma, só casca, só defeito, estes foram expulsos.
E teve também um povo que me vendo chegar abriu os braços bem abertos, estes entraram e estão nos cafés da manhã, no lavar roupa, jogar papo fora ou resgatar papo, porque nada é perdido afinal.
E tem ainda as surpresas de quem já está há muito tempo, num gesto bonito, numa visita, num afago.
Tem quem está um pouco longe, que faz falta, mas que precisou dar uma saída, compreensível acho.
Tem quem foi e não volta mais, mas há compreensão hoje desta necessidade.
Tem um armário novo também, ele me achou, estava lá me esperando, bem bonito.
Tem mesmo uma porção de coisas acontecendo, tudo depois dos 29.
É tudo diferente, mas tem frescor e eu gosto.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Desabafo

É sempre assim, eu simplesmente odeio esperar, odeio criar expectativas, embora tenha lido em todos o manuais de 'como-ser-um-ser-humano-normal-dentro-do-padrão-aceito-pela-sociedade' que não devo criar expectativa nenhuma com relação a nada nem ninguém, mas eu crio!!! não tem jeito...crio mesmo, invento estórias, sim estórias porque não aconteceram ainda, é claro!porque tudo o que quero sempre é fazê-las virar história, parte da minha história...
No fim tudo vira história mesmo, história de como foi frustrante, ou como foi engraçado, ou como passou assim de repente sem que eu nem percebesse a tal causa da expectativa indo-se embora, pois é, a vida é assim mesmo...
Mas o que eu faço enquanto estou neste pico de ansiedade? o que fazer com dois serezinhos que ficam no meu ouvido, sim, iguaizinhos áqueles de desenho animado que aparecem sob a alegoria do anjinho e do diabinho! todos temos os nossos e alguns os chamam de consciência, outros de loucura mesmo.
Complicado isso, cada dia entendo menos como fazer, quando fazer, o que fazer, embora hoje eu seja uma pessoa adulta tem coisas que ficam mais complicadas de se fazer, de se dizer, penso que vamos ficando mais formais, mais ponderados, mais conservadores em nome de uma dita civilidade, com medo de que pensem que somos insensatos...chato isso.
Quero muito simplesmente entender os porquês de cada coisa, o porquê do sim, o porquê do não e quem sabe o porquê do não sei também! Quero acreditar que existe "gente fina , elegante e sincera" com diz a música do Lulu, pessoas que como eu se questionam o tempo todo, se dão o direto de mudar de idéia, de não querer essa ponderação e civilidade chata, de querer simplesmente passar uns bons momentos felizes, uma vida divertida mais do que triste, querem poder ter netos para contar suas histórias e querem poder dizer isso sem parecer demodê ou sem que digam que são carentes convictos e necessitados de amor, afinal quem não é necessitado? todos sem excessão precisam de algo, alguns precisam de alguém, outros de coisas, outros de idéias, mas o fato é que ninguém vive sem idealizar, sem precisar, sem necessitar, ninguém é auto-suficiente, mas muitos se escondem debaixo de seus guarda-chuvas de ferro blindados com hipocrisia, sim os guarda-chuvas são de ferro porque se alguém disser a célebre frase "que atire a 1ª pedra..." os hipócritas estarão protegidos e neste caso é melhor eu correr porque não passei neste curso, aliás mal terminei de ler o manual...

quinta-feira, janeiro 31, 2008

Rosas roxas

Odeio pensar em você, sinto dor.
Odeio você, sinto dor.
Odeio lembrar de todo o amor que dediquei a você, sinto dor...
Odeio imaginar que você poderá se unir a alguém que não eu, tenho convulsões de dor.
Odeio, mesmo que indiretamente, este alguém que você ama e me causa dor, não importa se não a conheço, nem quero.
Odeio ficar tentando adivinhar o que foi que deu errado, onde acabou, como foi, sinto muita dor.
Odeio seu ar bem resolvido diante de minha cólera, de meu desespero, dói.
Odeio não ter conseguido achar um jeito de te arrancar da minha mente, sinto dor.
Odeio ainda mais ficar imaginando uma vida que não teremos mais juntos, sinto que vou morrer de dor.
Odeio te querer ainda, me fere, por isso a dor.
Odeio saber que você também perde noites de sonhos me querendo, dói muitíssimo.
Odeio perder noites de sono te odiando, odiar dói.
1672, este é o total de dias que meu inferno dura, nem sempre foi inferno, houve flores, lindas rosas houve...mas elas agora estão roxas, envenenadas e têm espinhos doloridos.
Lembro exatamente o dia, a noite aliás, em que eu subia uma rua e você a descia no mesmo momento, nossos olhares se cruzaram, ali começou tudo, quero poder lembrar o dia, o exato dia em que acabará.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Comparações

Gosto de crônicas de fim de ano, na verdade esta é a 2ª que faço, mas confesso que reler a que escrevi no ano passado me deu um divertido parâmetro de comparação porque eu disse coisas que agora me parecem absurdas mas também disse coisas tão impressionantes que começo a acreditar mesmo no poder da palavra dita e principalmente escrita, algumas doutrinas religiosas e também alguns mal intencionados no mundo usam bastante a questão da palavra e do poder dela...
Como gostei disso vou repetir e no ano que vem volto aqui pra ler! no mais desejo um 2008 tão bom quanto este ano que termina, aliás muito melhor! (vamos lá! exercitando o poder da palavra! todo mundo!) .
Abaixo segue a lista de minhas conclusões do ano passado e de minhas auto-promessas, juro que direi a verdade sobre o que consegui e tenho certeza que alguns leitores deste blógue me desmentirão se eu faltar com a mesma, acreditem.

'Respeitar de fato as diferenças. '= Ainda não consegui atingir este nível 'dalai lama' de convivênvia humana, mas volta para o ano que vem como meta!prometo!

'Amar sempre, acima de e apesar de.' = Estou ficando boa nisto, logo me torno uma especialista!

'Tomar decições reais, mesmo que doa, pode ser importante... '= Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, estou preocurando ainda um ponto de equilibrio e me dando ao direito de NÃO decidir nada quando achar que não devo.

'Lembrar que "nunca mais" ou "para sempre" é muito tempo.' = Esta eu adotei como filosofia de vida, MESMO.

'Defender minhas opiniões mesmo que eu possa parecer reacionária.' = Desisti dessa por hora, porque tenho visto que vamos ficando mais necessitados de paz a qualquer custo, mesmo que isso custe algumas opiniões...

Abaixo as metas de 2006 para 2007, vejamos o que foi cumprido:

...E para o ano novo eu quero:
'O amor do Rosa." = PRÓXIMAAAAAA

'Voltar a dirigir carros.' = Meta engavetada por hora, continua sendo meta só que para mais adiante, o motivo é simples: não comprarei um carro nos próximos dois anos portanto ela é irrelevante no momento.

'Começar a trabalhar de fato com o que me propus.' = Infelizmente admito que não movi uma palha por essa meta...

'Realizar o projeto de teatro infantil.' = Bom, não estou num infantil, mas estou no teatro portanto estou quase lá com essa!

'Emagrecer'. = Sim! 7,5 kilos (sim! sete kilos e meio!) até o presente momento, faltam 10! não tenho mais tanta pressa...afinal é uma meta em andamento!
'Ter um filho, talvez.' = Pulei essa também, na verdade posterguei, acho melhor falar disso novamente daqui a 5 anos.
'Morar comigo mesma. '= Sim! consegui! estou a exatos 11 meses morando comigo mesma!
'Amigos sempre perto.' = Esta eu agradeço diariamente, eles estão SEMPRE perto.
'O amor do Rosa...' = Próóóóxima.

Bom, me proponho neste ano que chega a cumprir o que eu não consegui e adiciono alguns itens novos como metas, itens estes que julgo necessários ao meu bem estar neste mundo:

-Me mudar para São Paulo (capital).
-Arrumar alguém que valha a pena para chamar de meu.
-Ser mais vaidosa.
-Ser mais capitalista.(desculpem companheiros, mas conforto é bom e eu mereço!) .
-Ser mais tolerante.
-Trabalhar como voluntária em algo solidário, filantrópico.(Sim, sei que contrapõe a questão do capitalismo, mas partamos do princípio que fica mais fácil ajudar ao outro quando podemos nos ajudar).
-Conseguir limpar todo e qualquer resquício de culpa de meu organismo, tenha sido ela criada por mim, injetada em mim ou vinda de qualquer lugar do inferno, quero esquecer que esta palavra existe.
-Parar de fumar.
-Fazer dança de salão.
-Amigos sempre perto (sempre bom recaptular) .
-Continuar trabalhando com teatro.
- Conseguir acertar as dívidas resolver minha vida financeira, ou seja, limpar meu nome, conseguir viver sem fazer dívidas a longo prazo.
E mais uma infinidade de coisas que como verifiquei e comparei acima não são tão fáceis de conseguir portanto se eu atingir essas dentro de um ano já me considero vencedora.

Feliz 2008!

sexta-feira, novembro 23, 2007

Pasión

"Seja quente, seja frio, não seja morno que te vomito"
Lí esta passagem bíblica hoje, num momento em que questiono a instensidade com que me relaciono com pessoas, coisas e quereres, às vezes beiro o insano com isso e por isso questiono, preciso da dita regularidade não só atuando mas na vida, pois ser intenso requer equlíbrio, acho.
Hoje me sinto um Daniel na cova dos leões (eis outra passagem bíblica, sinalizando necessidade de fé...achismos meus, claro), mas um Daniel que se não foi devorado o será em breve de tão intenso que é tudo o que estou sentindo para o bem e para o mal sentimento, uma coisa bem bipolar, quando penso no bom acontecido fico cheia e sorrio, mas quando penso na consequência já estou eu entrando na boca do Leão, pedindo pra ser devorada porque não sirvo mesmo para este mundo.
Não acredito que nesta altura do campeonato eu deva me arrepender de meus atos, mas também creio que posso cometê-los numa medida mais 'homeopática' porque vejo que sentimentos dilacerantes, eufóricos, dolorosos ou mesmo prazerosos ao extremo não tem me feito mundo bem;
Vejo que mesmo com fé, crença, convicção há coisas que não posso modificar no mundo, porque diferente das fábulas o mundo é ácido e existem pessoas ao invés de seres etéreos.
Eu não sirvo para etéreo definitivamente, eu só enfrento alturas com paixão, só encaro novos sabores com paixão, só continuo se estiver quente, só desisto se estiver frio, temperaturas estas viscerais.
Se morno não vivo, nem quero.

terça-feira, agosto 14, 2007

Ideal

Descobrir o mundo quando se pensa que já o descobriu, que já conheceu tudo, que já doeu ou gozou tudo o que podia.
Conhecer ou (re) conhecer infinitas sensações, que estavam lá adormecidas ou escondidas, por proteção ou por medo mesmo.
Saber que se pode odiar, amar, perdoar ou negar sem medo, sem que isso seja uma sentença, que se pode mudar de idéia no último segundo, mesmo que algumas vezes já pareça tarde...e se for este o caso, fica a certeza de que se aprendeu algo, mesmo que fique aquela vontade de voltar tudo, refazer, achando que poderia ser diferente, mesmo sabendo que muito provavelmente faríamos tudo igual.
Idealizar é inerente às pessoas, mesmo o mais convicto, realista e racional do seres acaba idealizando, pois é uma necessidade humana idealizar assim como dormir, comer, doer, amar.
Idealizamos tudo sempre, desde que nos entendemos por gente, e todos sabemos exatamente quando isso acontece, pois é aquele momento em que nos questionamos sobre algo pela primeira vez ou que desejamos algo com tanta intensidade, mas um algo que na maioria da vezes não acontece...e eis que se quebra o primeiro ideal!
Desde então vamos crescendo, amadurecendo, juntando memórias e acabamos descobrindo após muita piração, muito questionamento, muita lamentação que queiramos ou não vamos sempre idealizar, ter desejos, sonhos, devaneios, mesmo sabendo que muitos destes não vão acontecer, porque é simplesmente impossível viver sem idealizar, assim como sem respirar.
Parece redundante dizer que é impossível viver sem respirar, mas se analisarmos nosso dia a dia veremos que muitas vezes esquecemos que respiramos, esquecemos que necessitamos ar e também de sonhos para viver.
Vamos matando os sonhos em nome de uma visão mais realista, afinal é mais forte quem encara a vida, a verdade nua e crua e também é mais infeliz.
É necessário que não deixemos que a capacidade de sonhar, idealizar e acreditar nos abandone pois já existem chatices, bizarrizes, convencionismos e pessoas infelizes demais no mundo.
A questão não é ser alienado ao mundo não, mas é preciso não se deixar contaminar pela necessidade de ver tudo cinza, de apagar a vida, até que morramos e não tenhamos feito nada senão lamentar pelo que fizemos, pelo que não fizemos ou pelo que gostaríamos de ter feito.

quinta-feira, maio 31, 2007

Dengo

Cheiro de café que é para acordar a gente, mas que me faz dormir um tanto mais embalada pelo aroma...
Chamamentos que começam pelo menos uma hora antes do horário de levantar, pois você me conhece bem, sabe não sou fácil de acordar. Tentativa derradeira antes do berros: cócegas de mãos geladas debaixo do cobertor marrom quadriculado que você comprou para mim quando eu tinha dois anos! você diz isso com um ar de orgulho maravilhoso!
Ah e tem a hora de dormir em que você tampa todos os 'buraquinhos de ar' que possam existir entre o cobertor marrom quadriculado e a cama, ou quando me chama para ir lá para a sua cama porque -" dois esquentam mais rápido do que um"- diz você.
A gemada com leite fervendo para espantar a gripe, o colo, o dengo, os cuidados, a preocupação até excessiva com as dores de garganta frequentes... você chega até a chorar quando eu tenho febrão...
Somos muito diferentes, compreendi isso faz muito tempo, acho que você também, mas você não tem idéia da falta que me faz.
Sei que muitas vezes eu é que fui a mãe, mas nestas horas de necessidade de dengo, de carinho, atenção, calor, você mostrava a que veio!
Sinto saudades de reclamar de você me chamando cedo, piorei muito com horários depois da sua partida...
Sinto saudades da sua canja, de seu amor sufocante, de sua mania de querer ter os filhos debaixo de suas asas para sempre, sinto saudades do orgulho que você tinha de mim e de me ver saboreando seus quitutes: - eita boca boa! você dizia.
Sinto saudades de ser chamada de filhotinha e gerar ciúme em meus irmãos. Sinto saudades do assobio que eu reconhecia de longe quando você chegava em casa...
No frio aperta mais essa saudade, por conta da necessidade de calor humano que sentimos, acho. Mas também pelo fato de acreditar que em matéria de calor humano as mães, salvo excessões drásticas, são para lá de entendidas.
Amo você dona Linda, fique em paz.

quarta-feira, maio 16, 2007

A Aranha que morava no tanque

Ela nasceu num dia chuvoso e a primeira visão que teve foi a das gotas, enormes para seu tamanho, caindo do céu.
É certo que ela não sabia bem o que era o céu e muito menos do que se tratava aquele negógio sem cor que caía por toda parte, só sabia que era muito bonito, isso sim.
Sua mãe bem que podia lhe explicar, mas estava bastante ocupada com a outras centenas de irmazinhas que tinham nascido também naquele dia, para cuidar.
Acontece que a pequena aranha não conseguia parar de olhar aquilo, que saberia mais tarde se tratar de um fenômeno da natureza, nome dificil para explicar algo tão bonito.
É certo também é que ela ficou encantada mesmo sem saber por muito tempo, do que se tratava aquela 'coisa ', para que servia aquilo que simplesmente caía do céu....
....
nota: este texto é uma tentativa de conto infantil...está chegando aos poucos...não vou força-lo...

esperemos não é?

quinta-feira, maio 03, 2007

Perda

Um sentimento de perda.
Estou com este sentimento me rondando, tem se aproximado a alguns dias, mas não lhe dei muita atenção, só hoje é que ele se fez realmente presente.
Não sei ao certo o que perdi, talvez seja algo que nem cheguei a ter, mas quis tanto que fiquei com essa impressão de ter perdido, é verdade que tenho usado um artifício básico mas funcional para mascarar esta sensação, toda vez que penso no que perdi, ou no que poderia ter tido, lembro-me do que já tenho, do que já tive e até me arrisco a pensar no que vou ter e fica mais leve ou menos pesada a vida...
Acho que isso tudo tem a ver com essa coisa cíclica que é a vida às vezes, com fatos, situações, pessoas que voltam e voltam também as antigas sensações, mas daí nós não somos mais os mesmos, temos outras experiências, outras sensações e ainda retomamos essa que resolveu retornar.
A sensação de perda trás também uma outra: o medo. Este sim, faz questão de se mostrar presente, fica lá, gelado, parado, com os olhos fixos para nós, que ficamos iguais ao bicho que se vê hipnotizado pela lagartixa, pronto para ser comido.
Talvez seja a hora de quebrar isso, enfrentar o medo da perda, transformá-lo em perda do medo, assim, simplesmente como trocar a palavra de lugar.
Como? não sei...alguém se arrisca?

Outono / 3 de maio de 2007.

quinta-feira, abril 12, 2007

Causalidades

Feminino;
Masculino;
Escroto;
Com sebinho;
Relapso;
Grudento;
Mentiroso;
Verborrágico;
Grosso;
Fino;
"Sem poblema";
"Com PROBLEMA";
Indagações;
Provocações;
Constatações;
Divagações;
Elefantes...
Teste do IN METRO;
Novas constatações;
Eu aqui.
E você? Existe?
Onde?
Então venha cá...
Comecemos.

Outono - 12/4/07

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Quereres

Ando sem muita paciência para escrever, ao mesmo tempo que sinto muita falta. Pensei em frases soltas que ouço na rua ou que me vem à mente para explicar situações aparentemente inexplicáveis...mas daí elas fogem, eu esqueço e fico sem o que colocar aqui de novo...
Agora me deu vontade de escrever; Talvez como um artifício para espantar, ou esganar mesmo, uma ansiedade louca que me acometeu nesta última semana, ela não dói, mas sufoca sabe?
Um amigo disse dia desses que o que eu escrevo é voltado para o universo feminino. Não sei; No inicio aceitei, até concordei, mas depois pensei...será? que só nós mulheres sentimos ansiedade, dor de amor ou confusão? será que estes sentimentos, entre outros, não são coisa de gente? independente de gênero, classe, religião, etnia? ainda estou pensando, mas creio que hoje não é um bom dia para respostas profundas.
Estou é de TPM! isso sim é algo clássico, irrevogável, intransferível e inenarrável....é uma mistura de ódio, de maledicência, de irritação, ansia, fome, carência, amor, tesão e loucura que não dá para segurar dentro de uma pessoa só!! e como alguns dos itens acima, ou quase todos, não conseguem existir sozinhos me contento em escrever sobre...
No texto anterior listei coisas que queria para o ano novo, gostei de fazer isso! então vou listar o que mudou e o que permanece(alguns itens pelo menos...) :
Não quero mais o amor do Rosa.
Quero emagrecer; Comendo de preferência...rs
Quero um "alguém" para chamar de meu (SÓ MEU!!)
Quero um fogão.
Quero iniciar o projeto de teatro infantil.
Quero ser mais contida.
Quero os amigos sempre perto.
Quero mais festas e almoços e churrascos.
Quero mais botecagens filosóficas.
Não quero fazer nada obrigatóriamente.
Não quero mais me atrasar nos compromissos.
Não quero mais chorar de confusão.
Não quero mais calar quando quero falar.
Não quero mais botar medo nos amigos.
Quero felicidade, para mim, para você e para qualquer pessoa.
Quero....
Quero...
Quero...
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sexta-feira, dezembro 29, 2006

Recomeço

O ano acaba, finalmente! ou não....foi um ano de mudanças, descobertas, presentes e despedidas...mas se foi...
Aos que se foram desta vida meu até logo e aos que continuam perseveremos!!
Não tenho muito o que escrever, ando um pouco sem letras, sem palavras, estou mais para pensamentos que não saem no papel, dia destes eu volto a escrever mais e melhor, mas por enquanto fica esta divagação despretenciosa e uma frase que causou risos nem sei direito porque, mas define bem o 'meu eu' neste momento: - Estou num momento 2.8 da minha vida redefinindo questões...
As retiscências têm a ver com o decorrer da frase que não me lembro bem, pois o povo caiu em gargalhadas e eu lá, em cima do banco, pés descalços, cerveja na mão, séria como alguém que está num momento 2.8...!!!
E tem os elefantes também não é?? eu os defendi de corpo e alma e cheguei a preferi-los ao homem, porque são inteligentes e frágeis apesar daquele tamanho, apesar de tudo...e para variar houve contestação, risos e depois o choro meu ( sim, chorei por conta dos elefantes) assim como chorei muito quando vi uma apresentação de ginástica olímpica do Brasil...é assim, choro quando me vem aquele sentimento bom ou ruim, quando sinto vontade, choro de rir, choro de dor, choro de indignação, choro de birra, mas choro e lavo minha alma, depois fica tudo bem.
De mim agora, sei que estou esperando os dois últimos dias do ano passarem para colocar em prática alguns itens daquela lista interna que fazemos para cada novo ano, uns são triviais, fúteis até, outros bem profundos e eu diria até que definitivos.
Termino ao ano com algumas conclusões:
Respeitar de fato as diferenças.
Amar sempre, acima de e apesar de.
Tomar decições reais, mesmo que doa, pode ser importante...
Lembrar que "nunca mais" ou "para sempre" é muito tempo.
Defender minhas opiniões mesmo que eu possa parecer reacionária.
E uma infinidade de outras, que não aparacem agora na minha cabeça mas que estão aqui dentro de mim.
E para o ano novo eu quero:
O amor do Rosa.
Voltar a dirigir carros.
Começar a trabalhar de fato com o que me propus.
Realizar o projeto de teatro infantil.
Emagrecer.
Ter um filho, talvez.
Morar comigo mesma.
Amigos sempre perto.
O amor do Rosa...

sexta-feira, novembro 10, 2006

Sobre Rosas ou Pessoas

Definitivamente eu não compreendo.
Não compreendo gente; Tento e retento, me coloco no lugar do outro, mas não consigo compreender o que leva alguém a querer tanto algo e quando consegue, quando alcança seu objetivo não está satisfeito.
O que será a satisfação para as pessoas afinal? Será algo tão subjetivo que foge a compreensão humana?
Bem, aos que pensam que estes questionamentos sobre querer e ter ou sobre tudo isso tem a ver comigo, estão enganados, desta vez não tem. Hoje quero tratar de entender o outro, ou os seres humanos em geral, mas é claro também que tento analisar um fato específico, próximo a mim, que tem a ver com o meu cotidiano, mas ao mesmo tempo, tento estender os questionamentos e conclusões, se é que chegarei a alguma, a todo o resto, a toda a humanidade quem sabe...
Creio que sei um pouco sobre subjetividade, ou acho que sei... falemos de desejo por exemplo, algo bem subjetivo o desejo, afinal cada um tem o seu desejo particular, sua forma de sentir, de querer. O objeto do desejo pode até ser o mesmo, mas a forma de querê-lo é única.
Mas o que tento entender é:
Será que as pessoas pensam que após concretizarem seu objetivo ou satisfazerem seus desejos vai haver a felicidade absoluta, a tranqüilidade eterna ou ainda uma paz profunda? Existe alguém que espere de fato isso acontecer?
Acho que estas indagações é que são profundas demais e a resposta nem depende de mim.
De mim, aliás, só sei de uma coisa, estou tentando ficar em paz com meus desejos, aceitá-los assim como às frustrações, inquietações, lamentações e indagações que fazem parte do processo de viver, sem culpas, sem lamúrias, sem ressentimentos. Estou tentando.
Sei disso e de nada mais.

8/11/06

terça-feira, novembro 07, 2006

Indispensável

Indigestão, indiferença, individualismo, indispensável, indiscrepância (será que existe esta palavra?).
Palavras começam novamente a me persuadir, tomam conta da minha mente, graças aos céus! Ou não, como diria o Caetano...
As palavras de hoje estão relacionadas pelo inicial Indi como vocês podem notar, não deve ser a toa, pois estas palavras chegaram a embolar na minha boca, talvez pelo tumultuo que estavam causando na minha mente ,talvez pela necessidade do botá-las para fora na hora que queriam sair, nas situações em que deveriam ser usadas.
Acho que sou mesmo escritora, me dei conta disso depois deste motim de palavras, eu lá tentando segurá-las e elas lá se empurrando, se pendurando, tentado achar um buraco para sair. Inóspito isso, no mínimo interessante, mas também gostei, porque palavras assim palanquistas, xeretas, intransigentes, só podiam ser minhas mesmo!rs
Enfim, agora que as deixei sair, talvez eu fique em paz, talvez surjam outras mais interessantes, menos loucas, com mais sentido, menos libertárias talvez. E talvez eu faça outro texto.
Bem, por hoje é só, fico com a cevada agora, minha amiga chegou.
Fico com a prosa também. E isso vai dar outro texto...


22/9/06

segunda-feira, outubro 30, 2006

Angústia

Argh!O que será isso?Por que de repente este gosto amargo?
Por que o fel no lugar do alívio?
O que fiz foi ir de encontro ao que julgava certo, certo para mim.
E este certo de repente se tornou meu algoz.
Me julga. Tripudia. Me culpa.
Oras! Vão todos se ferrar! Que atire a primeira pedra!...
Quem é que me culpa? Eu mesma?Mas como?
Se fiz o que a minha consciência ditou!?
Será que chegamos a tamanho grau de demência que não podemos mais confiar nem em nós mesmos?
Embora doa, seja amargo, remexa, estou certa de que ainda é o caminho mais sensato.
Mas bem que podia não doer, não magoar, podíamos escolher e pronto! Sem dor, sem culpa, isentos, sem olhar para trás...Cansei de olhar para trás! Chega!, Não quero mais, chega!
Eu definitivamente não sou Dalai Lama! como diria uma das mosqueteiras...
E que fique dito que não há dor, culpa, transtorno ou seja lá o que for que doa muito, que me fará deixar de ser o que sou, definitivamente um ser humano.
Mas bem que podia não doer...

23/10/06

Perdição

Ah a perdição! Essa idéia confusa, perturbadora acima do sim e do não que não ouso chamar de amor, muito menos de paixão, pois estes já passaram por nós.
É uma confusão, mistura de querer, medo, imprudência, demência, que chega ao absurdo de nos deixar inertes, ficando só o barulho do coração, apressado, perdido, desesperado a espera do próximo segundo, na angústia de querer saber o que fazer depois.
Nós somos perdidos, sem destino, sem eira, tentando, esperando, desejando algo que nem sabemos o que é direito, mas que sem dúvidas sentimos quando cruzamos determinadas pessoas na vida, pessoas estas que racionalmente, prudentemente, não aceitaríamos, nem chegaríamos perto, afinal como diz o velho e ‘caquético’ ditado: “o seguro morreu de velho”.
Pois, então, quando entramos nesta confusão da alma nem queremos saber ou pensar neste tal seguro, pensamos sim que não queremos mesmo morrer velhos e infelizes, podemos talvez ir embora desta vida, com algumas cicatrizes e hematomas, mas teimosamente e definitivamente queremos muito isso, queremos este tal momento, o agora.
Queremos não pensar no amanhã, na maldita prudência nossa de todo dia que nos defende...
Desejamos quebrar a cara, talvez, por um único e fugaz momento como este.

06 Junho/06

Decepção

Decepção, eis a palavra feia, ela é a do dia, tinha pensado na palavra encantamento, mas a deixei fugir dia desses por mera distração, isso não pode mais acontecer.
Hoje estou nesta palavra, aliás, com esta palavra me perseguindo, já tentei excluí-la de minhas idéias, substituí-la por tentativa, coragem, recomeço... mas ela insiste,uma porcaria mesmo! O pior é que estas palavras feias começam a trazer outras que pouco ajudam como tristeza, choro... por isso estou escrevendo, pra ver se ela sai.
Tentemos a coragem novamente, comecei a escrever há pouco tempo, ou melhor, comecei a ter coragem de mostrar o que escrevo antes de rasgar faz pouco tempo, e o que me deu mais coragem ainda é que muitas pessoas gostaram de meus escritos, isso me leva a ter esperança de escrever mais e melhor.
Já defini algumas questões sobre meu tipo de texto, sei que serei cronista, mas meu estilo ainda está nascendo não sei defini-lo ainda, só sei que todos os dias as palavras têm se aproximado mais de mim, surge uma palavra relacionada ao meu dia, pode ser no começo dele ou no fim, e ela fica pedindo pra ser escrita, pra se tornar um texto, às vezes a deixo escapar como foi com o encantamento, me policiarei para que isto não ocorra mais, não é justo perder um texto.
É, mas a tal decepção ainda está aqui, por mais que apareçam algumas outras palavras compostas como ‘tudo bem’, ‘ você tentou’ ou até uma frase inteira do tipo ‘amanhã é outro dia’ a palavra decepção está lá grudada, não sai.
Só quero entender o mecanismo que leva a uma palavra como sonho, por exemplo, ou aposta ou ainda crença, virar outra tão diferente.
Acho que por hoje não escrevo mais, estou muito lagarta, espero amanhã acordar borboleta novamente, ainda que nostálgica, prefiro ser uma borboleta.
Borboletas têm uma simbologia romântica, fugaz, lembram fim de tarde, liberdade, sonhos, enfim tudo o que eu gosto e quero acreditar, mas toda borboleta um dia foi lagarta e deve ter doído esperar seu dia de borboleta chegar, mas fazer o que? é a lei natural da coisas e temos que aceitá-la para depois compreendê-la, assim como eu disse no texto anterior.
Vou ficar aqui me cobrindo com meu casulo para ver se amanhã acordo borboleta de novo, quem sabe uma mais bonita.

Julho/06

O Frio

É fogo não é?
O frio está chegando, com ele chega também o resfriado, os casacos, a garoa fina que é característica de São Paulo, chega também uma imensa vontade de estar no aconchego do lar, ao lado de quem amamos, ou simplesmente de alguém que desejamos, uma vontade de ficar abraçado e de....enfim esquentar esse friozinho que dá na alma.Nesta época lembramos daquele amor que passou, nem sabemos mais porque.
Trazemos as pessoas e acontecimentos marcantes como uma forma de aquecer a alma, principalmente se ela está sozinha.
Pode conferir: não é no frio que lembramos daquele filme bem legal que assistimos? daquele abraço quentinho, do cachecol lindo que ganhamos de presente daquela pessoa e vamos poder usar de novo e lembrar de novo e reviver tudo de novo... quem sabe? É hora do início dos preparativos das festas juninas/julinas com os vinhos quentes, pamonhas, bolos, quentões e correio elegante! Olha só como ficamos mais românticos no frio!
Acho que é porque o frio serve para unir mesmo as pessoas, unir e lembrar o quanto somos tolos no ‘calor’ de discussões muitas vezes bobas e orgulhosas que podem mudar nosso próximo inverno para sempre.... acho que frio é para ficar no aconchego mesmo, seja das pessoas, seja do lar, seja das lembranças boas e ruins, pois todas ensinam.
Mas o que eu quero de fato com este pequeno texto é somente lembrar a quem o lê, que este inverno pode ser mais um de lembranças, de lamentos talvez, mas pode ser diferente se você tiver mais paciência, demonstrar mais o seu amor, contar até dez quando se estressar com alguém, andar mais devagar para olhar as pessoas a sua volta, ir passear no parque, ligar para aquele seu amigo que não vê há tempos, dizer a alguém o quanto ele é importante só para ele não esquecer, enfim mais uma porção de coisas que sabemos, você e eu, que sempre lemos, ouvimos e nunca praticamos
Então vamos lá, pratique alguma destas ‘pequenas atitudes’, tente.
Quem sabe no seu próximo inverno você também não tenha uma história diferente e lembranças mais bonitas para esquentar a memória?
Termino minhas divagações com uma frase de Rudolf Steiner, que me foi apresentada por um ilustre desconhecido, num dia difícil para o corpo e para alma, para variar um dia frio como hoje.

“Alegrias são dádivas do destino que demonstram o seu valor no presente,
sofrimentos, ao contrário, são fontes de sabedoria, cujo significado se revelará no futuro.”

Junho/06

Eis me

Eis me aqui, crei coragem.
Os textos estarão aqui, sujeitos, expostos, livres para serem lidos, interpretados, sentidos, criticados e lidos novamente.
Sejam bem vindos!