segunda-feira, dezembro 15, 2008

Sei lá...

Pois é...alguns amigos blogueiros andam dizendo que desapareço, demóro muito a atualizar e o pior é que é verdade...rs...peço perdão aos que sentiram minha ausência mas é que eu tinha algumas coisas a terminar e que não podiam esperar, como minha graduação por exemplo!!!siiiimmmm!! sou um ser graduado em PEDAGOGIA!! êêê!!!
...Mas é sério, vou dizer uma coisa... tenho um amigo que imita uma pequena expressão que ele diz ser de autoria da Silvia Popovic, duas palavrinhas que não saem da minha cabeça e que preciso compartilhar com vocês...
"E DAÍ???"
E completo com novas perguntas: E agora?? o que eu faço?vou pra onde? sigo por qual caminho?serááá?? medo.....................
Mas mudando de assunto, artifício que uso quando quero fugir, assisti um filme muito bacana neste final de semana chamado 'Em busca da Felicidade' baseado na história de um homem que comeu o pão que o diabo amassou e sentou em cima, mas olhem... me fez pensar muito no quanto me falta para atingir o nível Dalai Lama que tanto busco...porque o personagem principal me mostrou que melhor do que sair vencedor de uma batalha é sair dela do jeito que se entrou, com esperança, verdade e força de caráter para não lamentar, não titubear, não reclamar, não revidar, não se arrepender...e mais uma porção de coisinhas que eu ainda NÃO aprendi a fazer direito...enfim, é só um filme sobre a história de um homem que acreditou...
Acho estranho, mas não é a primeira vez que me sinto piégas quendo escrevo ACREDITOU...e acho issso um sintoma muito ruim...porque se você perde a crença, seja lá no que for, é sinal de que algo não está bem aí dentro, ou melhor, aqui dentro.
Mas é assim...tem dias, ou épocas talvez , que ficamos meio perdidos, sem rumo, sem lenço...
Perdoem amigos a minha aparente apatia, mas quero deixar registrado que não estou triste, apenas perdida...a parte boa é que costumo ficar assim também em momentos felizes, fico perdidinha da Silva com a felicidade, sabe aquela sensação de não saber onde por a mão?!rs
Bom, não sei se este será o último post do ano, se for deixo aqui meus votos de boas festas e paz na terra aos homens de boa vontade!
Até!

quinta-feira, novembro 13, 2008

Memorial

Minha escolha profissional vem sendo direcionada e construída com o passar do tempo, pois inicialmente quando comecei a pensar nisso, lá por volta dos 10 anos de idade, eu pensava sempre em escolhas que fossem relacionadas ao que me divertia e me dava satisfação e aos 10 anos de idade havia duas coisas que me davam muita satisfação: falar e escrever! Aconteceu que um dia conversando com um adulto chamado Vicente que era muito amigo de minha família, ele me explicou que havia uma profissão certa para mim, que parecia muito com as coisas que eu gostava de fazer, a profissão era o Jornalismo e quando fiz doze anos este mesmo amigo me incentivou ainda mais me dando uma máquina de escrever, confesso que preferia escrever no meu diário, mas amei o presente.
Na mesma época porém começava-se a falar muito da informática, de uns termos como processamento de dados, computação, e de microcomputadores também e me interessei muito por este tema que me causava grande curiosidade, queria muito poder mexer num computador naquela época, foi então que decidi do alto de meus treze anos que seria ou jornalista ou mexeria com processamento de dados (sendo lá o que isso fosse!) .
O tempo passou como tinha de ser e me formei no “colegial” em 1996, estava então com 18 anos e resolvi arrumar um trabalho de verdade, pois até então eu fazia alguns trabalhinhos com vendedora extra aos finais de semana na cidade em que vivia (Embu das Artes), e deixei um pouco de lado a idéia da faculdade por um tempo, neste período trabalhei como atendente de uma rede de fast food de comida chinesa (China In Box) e sete meses depois saí desta empresa disposta a retomar meu sonho de entrar na faculdade de Jornalismo, e agora queria entrar numa faculdade pública! Foi então que por indicação de uma grande amiga entrei no cursinho pré-vestibular Aprove, que era um cursinho para alunos e baixa renda, onde fiquei dois anos, fiz grandes amigos que carrego até hoje e também sonhei...neste momento tinha certeza que seria uma jornalista, que seria uma repórter investigativa como a personagem Louis Lane (a do Super homem, sabe?).
Bom, nem preciso dizer que no primeiro ano me frustrei muito porque não tinha idéia de como era concorrido este curso e de quanto precisaria estudar, uma vez que não teria dinheiro para pagar um curso destes numa faculdade privada e também porque não queria nenhuma outra que não fosse USP ou UNESP, aliás só aceitaria uma faculdade paga de Jornalismo se esta fosse a Casper Líbero, ou seja, a melhor faculdade privada de Jornalismo de São Paulo, onde também tentei entrar por três anos sem sucesso.
No segundo ano de cursinho já estava desanimada pois tive que começar a trabalhar para cobrir os gastos com o cursinho e também para ajudar em casa pois minha família além de não ter condições de me ajudar nestes gastos começava a precisar de mais um braço para segurar as despesas. Preciso dizer o resultado do vestibular? Pois é, não passei.. E me frustrei ainda mais, tanto que resolvi dar um tempo e repensar minha futura carreira, neste momento eu estava trabalhando numa loja de produtos para diabéticos, como vendedora, fiquei neste emprego por dois anos e me especializei no tema! Hoje sei tudo sobre diabetes, causas e tratamentos. Neste mesmo período também me interessei por um curso técnico de teatro, profissão pela qual fui criando grande interesse, fiz até a metade deste curso e mais uma vez por falta de dinheiro tive que parar, mas talvez na época eu também já não visse um futuro muito promissor para mim nesta profissão.
Saindo deste curso também decidi sair da loja de produtos para diabéticos e procurar algo maior, neste momento eu tinha 22 anos e fui convidada para trabalhar com informática numa empresa que presta serviços de desenvolvimento e vendas de softwares, fui contratada para trabalhar na área de vendas da Ideologica Informática, onde fiquei até os 24 anos, tentei neste meio tempo fazer uma faculdade de tecnologia chamada ‘Gestão de sistemas de informação” pra me integrar mais da área em que trabalhava, mas só fiquei um semestre neste curso que além de não me agradar também não coube no meu bolso, pois eu ainda ajudava a família nas despesas.
Quando completei dois anos de Ideologica resolvi sair e buscar outra área de atuação, então entrei em uma empresa maior (Grupo FB) para trabalhar com auxiliar administrativo, me mudei para São Paulo para ter uma vida mais independente e confesso que foi o período intenso e sofrível de minha vida com grandes perdas emocionais, depressão e poucas perspectivas, estava então com 25 anos totalmente perdida emocionalmente e financeiramente.
Um dia acordei e pensei que precisava dar a volta por cima, mudar aquela vida que não ia para lugar algum, decidi que trabalharia como educadora, ou melhor como arte educadora, pois já amava artes, comunicação e conhecimento, foi então que peguei um empréstimo no banco e me matriculei no curso de Educação Artística com habilitação em Artes cênicas da Faculdade Paulista de Artes, e comecei a fazer o curso sem imaginar como faria para pagar a 2ª mensalidade, foi então que tive um grande momento de sorte e a Ideológica me fez uma proposta para que eu voltasse a trabalhar lá , eu aceitei e ainda consegui pagar seis meses da faculdade com a rescisão da outra empresa (Grupo FB) que consegui que me demitisse.
Cursei Educação Artística por dois semestres sendo que no segundo semestre já não conseguia mais pagar, pois neste momento tinha minhas próprias dívidas para administrar. Quando vi que não conseguiria iniciar o terceiro semestre resolvi fazer o ENEM para tentar a bolsa do PROUNI e conseguir finalmente terminar um curso de graduação, então fiz aprova e atingi 70% de acertos mas infelizmente não pude continuar a fazer o curso de Artes pois minha faculdade saiu naquele momento da lista de faculdades conveniadas ao PROUNI e as outras conveniadas ao PROUNI tinham meu curso dispunham de poucas vagas e conseqüentemente muita concorrência.
Comecei a fazer o curso de Pedagogia em 2005 logo após abandonar o curso de Artes, pedagogia foi a segunda opção escolhida na lista de cursos do PROUNI, não por acaso e sim porque vi a possibilidade de trabalhar com educação de outra maneira e me especializar em artes depois desta graduação, e hoje com 30 anos de idade, estou finalmente terminado um curso de graduação, cheia de perspectivas, expectativas, medos, anseios e com muita vontade de aplicar todo o conhecimento que aprendi não só neste curso mas em todos os outros que iniciei, aprendizados estes que levarei por toda a minha vida, pois fazem parte da construção de quem eu sou hoje.

quinta-feira, setembro 25, 2008

Excessos

Momento tpm total, e tudo está chato, simplesmente chato.
Não há paciência, parcimônia, muito menos paz.
Uma inquietação irritante que leva ao sono, mas não um sono justo ou dos justos, um sono agitado e regado ao chá 'Boa Noite' que aos poucos perde o efeito a medida que vai viciando.
A culpa imbutida. É, ela voltou...creio que o prazo de validade da terapia está acabando.
Monografia estafante, estágio que era sonho e virou pesadelo, fim de curso para inicio ao incerto.
Saudades das artes, incertezas.
Medo de me acostumar com mesmices, de explodir, de me encher como um copo e mandar todo mundo passear, para não dizer coisas piores e o pior de toda essa braveza é que depois ainda fico com culpa...realmente eu não nasci para revidar, nem sou católica mas carrego a culpa judaico-cristã intrigante, deve ser o medo do inferno! mas a culpa já é uma espécie de, não é?
Fome voraz que aumenta meu peso físico e mental, sim fico com peso na consciencia também e odiando espelhos e até com saudades do Prozac, afinal ele não diminuia meu peso mas dava um sono dos bons e a culpa era quase nula...agora tenho a fome, a culpa e o sono agitado ou ausente.
Começo a notar que tenho propenção a dependências...
Odeio estar assim, odeio tpm, odeio.

sexta-feira, agosto 29, 2008

Fim de mês

Fim de mês, fim das confusões, fim dos estranhamentos também.
Enfim, começamos a entrar numa acomodação, mas no melhor sentido que esta palavra pode ter, no sentido de aconchego, de amaciado mesmo.
Deve ser tudo assim mesmo enfim, um sapato por exemplo, às vezes cabe muito bem na loja, na hora em que nos apaixonamos por ele queremos que caiba a todo custo seja ele maior ou menor, tem uns que são a conta certinha do pé, mas dão uma machucada boa antes de acomodar verdadeiramente o pé, às vezes precisamos passar vela (essa é uma técnica passada de pai para filho e sempre funciona!), precisamos usar meia e tem uns que precisamos é mandar no sapateiro pra lacear mesmo porque senão não há pé nem Cristo que aguente!mas depois quando fica confortável você nunca mais quer tirá-lo do pé, parece que foi mesmo feito para você, e vai ver que foi mesmo... mas o que precisava era a paciência, era ceder.
Cada dia mais acredito que não tem nada pronto neste mundo, a gente que molda, a gente que inventa, a gente que usa, desusa e renova e a felicidade pode ser mais simples e estar mais presente do que imaginamos.

segunda-feira, julho 14, 2008

Prazeres, confusões e contusões

O novo, o susto, a falta de ar.
Me perco em meio a grandes novidades, perco literalmente o freio, o rumo, a lucidez às vezes.
Tudo tão bom, tão com cheiro de alfazema, tão quente, ao mesmo tempo que é tudo tão sério, tão próximo, tão amendrontador.
Sonhamos, almejamos, pedimos coisas que quando temos duvidamos, tentamos mudar de sonho, por medo talvez? não sei... o que sei é que a confusão, ora deliciosa, ora catastrófica, se alojou em minha vida, em minha mente e agora em meu corpo e deu nesta rinite que não sara...
Tento arrumar defeitos, inconveniências, preconceitos, me vitimizo, me impossibilito, mas também sei que é uma tentativa de auto-sabotagem.
No fim resolvo viver, ir até o fundo, até onde der e eu sentir prazer, felicidade, emoção, mas descubro no meio do caminho que tem prazeres difíceis de se misturar, que tem coisas que não convivem, tem escolhas a serem feitas, algumas conscientes, outras nem tanto.
Não quero ter que escolher, quero apenas a possiblidade de viver tudo o que puder, tudo que que me for possível, sem ter que abrir mão de absolutamente nada, será possível?espero que sim, se não for, espero que ao menos a dor sare tão logo quanto começe.
Como pode a felicidade conviver com a confusão e com o medo? questionamentos, questionamentos...

sexta-feira, junho 06, 2008

Preciso

Preciso achar uma razão, preciso (re) rever atitudes, preciso parar de perseguir a culpa, preciso dizer mais o que penso na hora que penso, preciso parar de ruminar para que isso não vire um fél amargo a ser vomitado no primeiro (e a partir deste momento infeliz) que eu encontrar.
Preciso me livrar do ódio ao relógio, da guerra que travei com ele, da revolta que me dá de ser escrava deste sistema hipócrita, irracional, castrador.
Preciso entender o que represento, o que busco, o que desgosto, por que aceito, por que insisto.
Preciso me permitir sem ser perniciosa ou permissiva demais, preciso de equilibrio.
Preciso muito ser compreendida, preciso muito me compreender.
Preciso dormir.
Preciso de muitas coisas mas as vezes acho que é tempo de menos para coisa demais, que não vai dar tempo, que a ansiedade vai me consumir, que vou sucumbir numa poça de ansiedade.
E como diria Fernando Pessoa: " Navegar é preciso, viver não é preciso."

sexta-feira, maio 23, 2008

Cenas

Nas últimas semanas aconteceram várias cenas interessantes e bizarras na minha vida, todas elas dignas de um texto, porém minha sandice em meio a tudo isso não me deixou escrever, por hora só me resta citar algumas que considero mais marcantes, não lembro ordem mas acho que o que importa mesmo é que tudo isso faz a vida ficar realmente intrigante...

Cena I: eu num 'pub' chiquetê lá da província e chega um sujeito que nunca ví mais japonês e me convida cordialmente para consumir drogas no jardim do local!?! ok, sei que isso seria considerado normal em qualquer lugar hoje em dia mas acreditem, eu estava fazia 5 minutos no local e não entendi nada daquilo, conclusão: saí daquele lugar e fui procurar outro, talvez menos chiquetê, para beber e fiquei me perguntando se eu estaria com cara de drogada...

Cena II: Convido minha atual 'querência' para almoçar e digo a ele que tenho consciência de que ele não quer nada comigo e por isso abro mão de qualquer tentativa de conquistá-lo, e disse mais, que estou sim apaixonada mas vai passar! digo isso comendo uma salada...normalmente..como quem conta isso para o melhor amigo!! ele não disse nada com nada também e contiuamos a almoçar...Conclusão: continuo querendo-o mas agora já fiz o papel de pessoa bem resolvida que não sou e as águas já rolaram e ponto. (??)

Cena III: Chego em casa, ligo a TV e vejo no jornal que aquele dia era aniversário da morte do Frank Sinatra...paro, sento e choro, minha mãe amava Frank Sinatra, amava também o Charles Chaplin que herdei dela e tenho na parede...Conclusão: Sinto muita falta dela , preciso de familia, estou muito carente.

Cena IV: Levanto muito atrasada como é a praxe, corro para pegar o ônibus ainda dormindo e sento-me no banco da frente de um ser que falava de um jeito estranho, com uma voz que me irritava profundamente, não sei se porque eu não entendia 9 em cada dez palavras que ele dizia e tentava desesperadamente decifrá-las ou se por conta disso eu não conseguia continuar o sono interrompido meia hora antes.
Conclusão: TPM na mosca.

Só algumas citações insanas e aparentemente normais, mas cotidianas assim como uma crônica deve ser, e eu quero dizer mesmo é que continuo de tpm, que me arrependo o tempo todo de ser audáciosa demais ou de ser chorona ou de ser egocêntrica até quando estou fazendo papel miserável e também de 'desistir' das coisas em nome de uma maturidade solitária!! (ou seria solidária?).
A parte boa: voltei para o teatro, me sinto muito bem atuando, essa é uma das poucas certezas que tenho na vida, do resto só o universo sabe...

segunda-feira, maio 05, 2008

Desatino

Você acha que vai receber um afago, aliás, você quer recebê-lo, mas recebe um tapa, já previsto pelo seu histórico, embora quase sempre previsto, você nunca o espera e se assusta como se nunca o tivesse recebido, dói como se você nunca tivesse sentido, te mata um pouco, mas como sempre você desculpa quem cometeu este ato insano, procura em você o motivo, se culpa.
O engraçado é que continua doendo, até chegar o dia em que você achar que a dor passou e de repente receber um novo tapa para lembrar sempre da dor e esquecer de querer afagos.
Este texto não trata de violência doméstica, embora pareça, trata de pequenas violências mentais a que nos submetemos em nome de algo que achamos ser paixão, gostar, querêncja, desejo.
Em nome da carência e do medo da solidão cometemos atos que hora ou outra nos queimam por dentro, como se estivéssemos realmente machucados por fora, ardem como aquele tapa inesperado.
Violências auto-impostas que dão melancolia, tristeza, nos condicionam, nos deixam menos crentes de qualquer coisa.
"Por que que a gente é assim?"
Enfim, desatinos...

terça-feira, abril 22, 2008

De minhas humanidades

Sou egocêntrica.
Tenho momentos de fúria, de dores, de pequenez.
Me sinto inferior às vezes e inferiorizada muitas, mas me sinto muito superior também ao ponto de ser preconceituosa, então para equilibrar tento frenéticamente ser uma espécie de DALAI LAMA, mas não dá muito certo.
Sou compulsiva para inúmeras coisas e não sei o que dói mais, se 'o oito ou o ointenta', ter equilibrio não é lá muito fácil, vivo me desequilibrando entre o caos e a tentativa de ser um ser humano melhor.
Me sinto genial e ao mesmo tempo fútil, vaga, rasa, e sinto que escondo coisas de mim, dos outros, da vida, que me escondo.
Culpo a TPM por muitos surtos e às vezes é culpa dela mesmo, mas isso, o surto, vem me acompanhando na pós também, tem andado comigo, é uma intolerância descabida, um caos mesmo.
Mas também tenho consciência de minhas virtudes, sei que sou divertida, altruísta, amável, companheira e leal e que os amigos que cultivei são meus para sempre, mesmo sendo caótica, tendo atitudes desnecessárias e parecendo ser mais forte do que realmente consigo ser.
Em suma, sou humana. E espero que eu e o mundo nos aguentemos um bom tanto ainda.

segunda-feira, março 24, 2008

Coisas acontecem

"O anel que tu me destes era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou..." ou será que nunca houve? ou será mesmo que esquecemos um amor assim como quem atravessa a rua?
E teve o cabelo novo, e me senti forte, mais forte que o próprio Sansão até.
E teve um mal intencionado que corria na rua e me senti a própria força correndo atrás da vida.
E teve uns maledicentes que não viam alma, só casca, só defeito, estes foram expulsos.
E teve também um povo que me vendo chegar abriu os braços bem abertos, estes entraram e estão nos cafés da manhã, no lavar roupa, jogar papo fora ou resgatar papo, porque nada é perdido afinal.
E tem ainda as surpresas de quem já está há muito tempo, num gesto bonito, numa visita, num afago.
Tem quem está um pouco longe, que faz falta, mas que precisou dar uma saída, compreensível acho.
Tem quem foi e não volta mais, mas há compreensão hoje desta necessidade.
Tem um armário novo também, ele me achou, estava lá me esperando, bem bonito.
Tem mesmo uma porção de coisas acontecendo, tudo depois dos 29.
É tudo diferente, mas tem frescor e eu gosto.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Desabafo

É sempre assim, eu simplesmente odeio esperar, odeio criar expectativas, embora tenha lido em todos o manuais de 'como-ser-um-ser-humano-normal-dentro-do-padrão-aceito-pela-sociedade' que não devo criar expectativa nenhuma com relação a nada nem ninguém, mas eu crio!!! não tem jeito...crio mesmo, invento estórias, sim estórias porque não aconteceram ainda, é claro!porque tudo o que quero sempre é fazê-las virar história, parte da minha história...
No fim tudo vira história mesmo, história de como foi frustrante, ou como foi engraçado, ou como passou assim de repente sem que eu nem percebesse a tal causa da expectativa indo-se embora, pois é, a vida é assim mesmo...
Mas o que eu faço enquanto estou neste pico de ansiedade? o que fazer com dois serezinhos que ficam no meu ouvido, sim, iguaizinhos áqueles de desenho animado que aparecem sob a alegoria do anjinho e do diabinho! todos temos os nossos e alguns os chamam de consciência, outros de loucura mesmo.
Complicado isso, cada dia entendo menos como fazer, quando fazer, o que fazer, embora hoje eu seja uma pessoa adulta tem coisas que ficam mais complicadas de se fazer, de se dizer, penso que vamos ficando mais formais, mais ponderados, mais conservadores em nome de uma dita civilidade, com medo de que pensem que somos insensatos...chato isso.
Quero muito simplesmente entender os porquês de cada coisa, o porquê do sim, o porquê do não e quem sabe o porquê do não sei também! Quero acreditar que existe "gente fina , elegante e sincera" com diz a música do Lulu, pessoas que como eu se questionam o tempo todo, se dão o direto de mudar de idéia, de não querer essa ponderação e civilidade chata, de querer simplesmente passar uns bons momentos felizes, uma vida divertida mais do que triste, querem poder ter netos para contar suas histórias e querem poder dizer isso sem parecer demodê ou sem que digam que são carentes convictos e necessitados de amor, afinal quem não é necessitado? todos sem excessão precisam de algo, alguns precisam de alguém, outros de coisas, outros de idéias, mas o fato é que ninguém vive sem idealizar, sem precisar, sem necessitar, ninguém é auto-suficiente, mas muitos se escondem debaixo de seus guarda-chuvas de ferro blindados com hipocrisia, sim os guarda-chuvas são de ferro porque se alguém disser a célebre frase "que atire a 1ª pedra..." os hipócritas estarão protegidos e neste caso é melhor eu correr porque não passei neste curso, aliás mal terminei de ler o manual...

quinta-feira, janeiro 31, 2008

Rosas roxas

Odeio pensar em você, sinto dor.
Odeio você, sinto dor.
Odeio lembrar de todo o amor que dediquei a você, sinto dor...
Odeio imaginar que você poderá se unir a alguém que não eu, tenho convulsões de dor.
Odeio, mesmo que indiretamente, este alguém que você ama e me causa dor, não importa se não a conheço, nem quero.
Odeio ficar tentando adivinhar o que foi que deu errado, onde acabou, como foi, sinto muita dor.
Odeio seu ar bem resolvido diante de minha cólera, de meu desespero, dói.
Odeio não ter conseguido achar um jeito de te arrancar da minha mente, sinto dor.
Odeio ainda mais ficar imaginando uma vida que não teremos mais juntos, sinto que vou morrer de dor.
Odeio te querer ainda, me fere, por isso a dor.
Odeio saber que você também perde noites de sonhos me querendo, dói muitíssimo.
Odeio perder noites de sono te odiando, odiar dói.
1672, este é o total de dias que meu inferno dura, nem sempre foi inferno, houve flores, lindas rosas houve...mas elas agora estão roxas, envenenadas e têm espinhos doloridos.
Lembro exatamente o dia, a noite aliás, em que eu subia uma rua e você a descia no mesmo momento, nossos olhares se cruzaram, ali começou tudo, quero poder lembrar o dia, o exato dia em que acabará.