quarta-feira, dezembro 26, 2007

Comparações

Gosto de crônicas de fim de ano, na verdade esta é a 2ª que faço, mas confesso que reler a que escrevi no ano passado me deu um divertido parâmetro de comparação porque eu disse coisas que agora me parecem absurdas mas também disse coisas tão impressionantes que começo a acreditar mesmo no poder da palavra dita e principalmente escrita, algumas doutrinas religiosas e também alguns mal intencionados no mundo usam bastante a questão da palavra e do poder dela...
Como gostei disso vou repetir e no ano que vem volto aqui pra ler! no mais desejo um 2008 tão bom quanto este ano que termina, aliás muito melhor! (vamos lá! exercitando o poder da palavra! todo mundo!) .
Abaixo segue a lista de minhas conclusões do ano passado e de minhas auto-promessas, juro que direi a verdade sobre o que consegui e tenho certeza que alguns leitores deste blógue me desmentirão se eu faltar com a mesma, acreditem.

'Respeitar de fato as diferenças. '= Ainda não consegui atingir este nível 'dalai lama' de convivênvia humana, mas volta para o ano que vem como meta!prometo!

'Amar sempre, acima de e apesar de.' = Estou ficando boa nisto, logo me torno uma especialista!

'Tomar decições reais, mesmo que doa, pode ser importante... '= Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, estou preocurando ainda um ponto de equilibrio e me dando ao direito de NÃO decidir nada quando achar que não devo.

'Lembrar que "nunca mais" ou "para sempre" é muito tempo.' = Esta eu adotei como filosofia de vida, MESMO.

'Defender minhas opiniões mesmo que eu possa parecer reacionária.' = Desisti dessa por hora, porque tenho visto que vamos ficando mais necessitados de paz a qualquer custo, mesmo que isso custe algumas opiniões...

Abaixo as metas de 2006 para 2007, vejamos o que foi cumprido:

...E para o ano novo eu quero:
'O amor do Rosa." = PRÓXIMAAAAAA

'Voltar a dirigir carros.' = Meta engavetada por hora, continua sendo meta só que para mais adiante, o motivo é simples: não comprarei um carro nos próximos dois anos portanto ela é irrelevante no momento.

'Começar a trabalhar de fato com o que me propus.' = Infelizmente admito que não movi uma palha por essa meta...

'Realizar o projeto de teatro infantil.' = Bom, não estou num infantil, mas estou no teatro portanto estou quase lá com essa!

'Emagrecer'. = Sim! 7,5 kilos (sim! sete kilos e meio!) até o presente momento, faltam 10! não tenho mais tanta pressa...afinal é uma meta em andamento!
'Ter um filho, talvez.' = Pulei essa também, na verdade posterguei, acho melhor falar disso novamente daqui a 5 anos.
'Morar comigo mesma. '= Sim! consegui! estou a exatos 11 meses morando comigo mesma!
'Amigos sempre perto.' = Esta eu agradeço diariamente, eles estão SEMPRE perto.
'O amor do Rosa...' = Próóóóxima.

Bom, me proponho neste ano que chega a cumprir o que eu não consegui e adiciono alguns itens novos como metas, itens estes que julgo necessários ao meu bem estar neste mundo:

-Me mudar para São Paulo (capital).
-Arrumar alguém que valha a pena para chamar de meu.
-Ser mais vaidosa.
-Ser mais capitalista.(desculpem companheiros, mas conforto é bom e eu mereço!) .
-Ser mais tolerante.
-Trabalhar como voluntária em algo solidário, filantrópico.(Sim, sei que contrapõe a questão do capitalismo, mas partamos do princípio que fica mais fácil ajudar ao outro quando podemos nos ajudar).
-Conseguir limpar todo e qualquer resquício de culpa de meu organismo, tenha sido ela criada por mim, injetada em mim ou vinda de qualquer lugar do inferno, quero esquecer que esta palavra existe.
-Parar de fumar.
-Fazer dança de salão.
-Amigos sempre perto (sempre bom recaptular) .
-Continuar trabalhando com teatro.
- Conseguir acertar as dívidas resolver minha vida financeira, ou seja, limpar meu nome, conseguir viver sem fazer dívidas a longo prazo.
E mais uma infinidade de coisas que como verifiquei e comparei acima não são tão fáceis de conseguir portanto se eu atingir essas dentro de um ano já me considero vencedora.

Feliz 2008!

sexta-feira, novembro 23, 2007

Pasión

"Seja quente, seja frio, não seja morno que te vomito"
Lí esta passagem bíblica hoje, num momento em que questiono a instensidade com que me relaciono com pessoas, coisas e quereres, às vezes beiro o insano com isso e por isso questiono, preciso da dita regularidade não só atuando mas na vida, pois ser intenso requer equlíbrio, acho.
Hoje me sinto um Daniel na cova dos leões (eis outra passagem bíblica, sinalizando necessidade de fé...achismos meus, claro), mas um Daniel que se não foi devorado o será em breve de tão intenso que é tudo o que estou sentindo para o bem e para o mal sentimento, uma coisa bem bipolar, quando penso no bom acontecido fico cheia e sorrio, mas quando penso na consequência já estou eu entrando na boca do Leão, pedindo pra ser devorada porque não sirvo mesmo para este mundo.
Não acredito que nesta altura do campeonato eu deva me arrepender de meus atos, mas também creio que posso cometê-los numa medida mais 'homeopática' porque vejo que sentimentos dilacerantes, eufóricos, dolorosos ou mesmo prazerosos ao extremo não tem me feito mundo bem;
Vejo que mesmo com fé, crença, convicção há coisas que não posso modificar no mundo, porque diferente das fábulas o mundo é ácido e existem pessoas ao invés de seres etéreos.
Eu não sirvo para etéreo definitivamente, eu só enfrento alturas com paixão, só encaro novos sabores com paixão, só continuo se estiver quente, só desisto se estiver frio, temperaturas estas viscerais.
Se morno não vivo, nem quero.

terça-feira, agosto 14, 2007

Ideal

Descobrir o mundo quando se pensa que já o descobriu, que já conheceu tudo, que já doeu ou gozou tudo o que podia.
Conhecer ou (re) conhecer infinitas sensações, que estavam lá adormecidas ou escondidas, por proteção ou por medo mesmo.
Saber que se pode odiar, amar, perdoar ou negar sem medo, sem que isso seja uma sentença, que se pode mudar de idéia no último segundo, mesmo que algumas vezes já pareça tarde...e se for este o caso, fica a certeza de que se aprendeu algo, mesmo que fique aquela vontade de voltar tudo, refazer, achando que poderia ser diferente, mesmo sabendo que muito provavelmente faríamos tudo igual.
Idealizar é inerente às pessoas, mesmo o mais convicto, realista e racional do seres acaba idealizando, pois é uma necessidade humana idealizar assim como dormir, comer, doer, amar.
Idealizamos tudo sempre, desde que nos entendemos por gente, e todos sabemos exatamente quando isso acontece, pois é aquele momento em que nos questionamos sobre algo pela primeira vez ou que desejamos algo com tanta intensidade, mas um algo que na maioria da vezes não acontece...e eis que se quebra o primeiro ideal!
Desde então vamos crescendo, amadurecendo, juntando memórias e acabamos descobrindo após muita piração, muito questionamento, muita lamentação que queiramos ou não vamos sempre idealizar, ter desejos, sonhos, devaneios, mesmo sabendo que muitos destes não vão acontecer, porque é simplesmente impossível viver sem idealizar, assim como sem respirar.
Parece redundante dizer que é impossível viver sem respirar, mas se analisarmos nosso dia a dia veremos que muitas vezes esquecemos que respiramos, esquecemos que necessitamos ar e também de sonhos para viver.
Vamos matando os sonhos em nome de uma visão mais realista, afinal é mais forte quem encara a vida, a verdade nua e crua e também é mais infeliz.
É necessário que não deixemos que a capacidade de sonhar, idealizar e acreditar nos abandone pois já existem chatices, bizarrizes, convencionismos e pessoas infelizes demais no mundo.
A questão não é ser alienado ao mundo não, mas é preciso não se deixar contaminar pela necessidade de ver tudo cinza, de apagar a vida, até que morramos e não tenhamos feito nada senão lamentar pelo que fizemos, pelo que não fizemos ou pelo que gostaríamos de ter feito.

quinta-feira, maio 31, 2007

Dengo

Cheiro de café que é para acordar a gente, mas que me faz dormir um tanto mais embalada pelo aroma...
Chamamentos que começam pelo menos uma hora antes do horário de levantar, pois você me conhece bem, sabe não sou fácil de acordar. Tentativa derradeira antes do berros: cócegas de mãos geladas debaixo do cobertor marrom quadriculado que você comprou para mim quando eu tinha dois anos! você diz isso com um ar de orgulho maravilhoso!
Ah e tem a hora de dormir em que você tampa todos os 'buraquinhos de ar' que possam existir entre o cobertor marrom quadriculado e a cama, ou quando me chama para ir lá para a sua cama porque -" dois esquentam mais rápido do que um"- diz você.
A gemada com leite fervendo para espantar a gripe, o colo, o dengo, os cuidados, a preocupação até excessiva com as dores de garganta frequentes... você chega até a chorar quando eu tenho febrão...
Somos muito diferentes, compreendi isso faz muito tempo, acho que você também, mas você não tem idéia da falta que me faz.
Sei que muitas vezes eu é que fui a mãe, mas nestas horas de necessidade de dengo, de carinho, atenção, calor, você mostrava a que veio!
Sinto saudades de reclamar de você me chamando cedo, piorei muito com horários depois da sua partida...
Sinto saudades da sua canja, de seu amor sufocante, de sua mania de querer ter os filhos debaixo de suas asas para sempre, sinto saudades do orgulho que você tinha de mim e de me ver saboreando seus quitutes: - eita boca boa! você dizia.
Sinto saudades de ser chamada de filhotinha e gerar ciúme em meus irmãos. Sinto saudades do assobio que eu reconhecia de longe quando você chegava em casa...
No frio aperta mais essa saudade, por conta da necessidade de calor humano que sentimos, acho. Mas também pelo fato de acreditar que em matéria de calor humano as mães, salvo excessões drásticas, são para lá de entendidas.
Amo você dona Linda, fique em paz.

quarta-feira, maio 16, 2007

A Aranha que morava no tanque

Ela nasceu num dia chuvoso e a primeira visão que teve foi a das gotas, enormes para seu tamanho, caindo do céu.
É certo que ela não sabia bem o que era o céu e muito menos do que se tratava aquele negógio sem cor que caía por toda parte, só sabia que era muito bonito, isso sim.
Sua mãe bem que podia lhe explicar, mas estava bastante ocupada com a outras centenas de irmazinhas que tinham nascido também naquele dia, para cuidar.
Acontece que a pequena aranha não conseguia parar de olhar aquilo, que saberia mais tarde se tratar de um fenômeno da natureza, nome dificil para explicar algo tão bonito.
É certo também é que ela ficou encantada mesmo sem saber por muito tempo, do que se tratava aquela 'coisa ', para que servia aquilo que simplesmente caía do céu....
....
nota: este texto é uma tentativa de conto infantil...está chegando aos poucos...não vou força-lo...

esperemos não é?

quinta-feira, maio 03, 2007

Perda

Um sentimento de perda.
Estou com este sentimento me rondando, tem se aproximado a alguns dias, mas não lhe dei muita atenção, só hoje é que ele se fez realmente presente.
Não sei ao certo o que perdi, talvez seja algo que nem cheguei a ter, mas quis tanto que fiquei com essa impressão de ter perdido, é verdade que tenho usado um artifício básico mas funcional para mascarar esta sensação, toda vez que penso no que perdi, ou no que poderia ter tido, lembro-me do que já tenho, do que já tive e até me arrisco a pensar no que vou ter e fica mais leve ou menos pesada a vida...
Acho que isso tudo tem a ver com essa coisa cíclica que é a vida às vezes, com fatos, situações, pessoas que voltam e voltam também as antigas sensações, mas daí nós não somos mais os mesmos, temos outras experiências, outras sensações e ainda retomamos essa que resolveu retornar.
A sensação de perda trás também uma outra: o medo. Este sim, faz questão de se mostrar presente, fica lá, gelado, parado, com os olhos fixos para nós, que ficamos iguais ao bicho que se vê hipnotizado pela lagartixa, pronto para ser comido.
Talvez seja a hora de quebrar isso, enfrentar o medo da perda, transformá-lo em perda do medo, assim, simplesmente como trocar a palavra de lugar.
Como? não sei...alguém se arrisca?

Outono / 3 de maio de 2007.

quinta-feira, abril 12, 2007

Causalidades

Feminino;
Masculino;
Escroto;
Com sebinho;
Relapso;
Grudento;
Mentiroso;
Verborrágico;
Grosso;
Fino;
"Sem poblema";
"Com PROBLEMA";
Indagações;
Provocações;
Constatações;
Divagações;
Elefantes...
Teste do IN METRO;
Novas constatações;
Eu aqui.
E você? Existe?
Onde?
Então venha cá...
Comecemos.

Outono - 12/4/07

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Quereres

Ando sem muita paciência para escrever, ao mesmo tempo que sinto muita falta. Pensei em frases soltas que ouço na rua ou que me vem à mente para explicar situações aparentemente inexplicáveis...mas daí elas fogem, eu esqueço e fico sem o que colocar aqui de novo...
Agora me deu vontade de escrever; Talvez como um artifício para espantar, ou esganar mesmo, uma ansiedade louca que me acometeu nesta última semana, ela não dói, mas sufoca sabe?
Um amigo disse dia desses que o que eu escrevo é voltado para o universo feminino. Não sei; No inicio aceitei, até concordei, mas depois pensei...será? que só nós mulheres sentimos ansiedade, dor de amor ou confusão? será que estes sentimentos, entre outros, não são coisa de gente? independente de gênero, classe, religião, etnia? ainda estou pensando, mas creio que hoje não é um bom dia para respostas profundas.
Estou é de TPM! isso sim é algo clássico, irrevogável, intransferível e inenarrável....é uma mistura de ódio, de maledicência, de irritação, ansia, fome, carência, amor, tesão e loucura que não dá para segurar dentro de uma pessoa só!! e como alguns dos itens acima, ou quase todos, não conseguem existir sozinhos me contento em escrever sobre...
No texto anterior listei coisas que queria para o ano novo, gostei de fazer isso! então vou listar o que mudou e o que permanece(alguns itens pelo menos...) :
Não quero mais o amor do Rosa.
Quero emagrecer; Comendo de preferência...rs
Quero um "alguém" para chamar de meu (SÓ MEU!!)
Quero um fogão.
Quero iniciar o projeto de teatro infantil.
Quero ser mais contida.
Quero os amigos sempre perto.
Quero mais festas e almoços e churrascos.
Quero mais botecagens filosóficas.
Não quero fazer nada obrigatóriamente.
Não quero mais me atrasar nos compromissos.
Não quero mais chorar de confusão.
Não quero mais calar quando quero falar.
Não quero mais botar medo nos amigos.
Quero felicidade, para mim, para você e para qualquer pessoa.
Quero....
Quero...
Quero...
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